segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Apologize

Desculpe por quem eu sou,
assim desse jeito meio louco e normal; meio chato e legal; meio desinteressado e interessado; esse humor oscilado; essa maneira meio bipolar..
Ser ou não ser, eis a questão. Não ser ou já estar sendo..
Pensando bem me desculpar por quem eu sou é um erro, afinal.. isso ai sou eu, querendo ou não.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o
quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me
levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não
conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de
rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu
respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem
demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais,
defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque
morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas
estava longe de ser o santo que me pintam. Se me
quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse
um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei
ser bom e amigo. Espero estar com Ele o suficiente para
continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se
tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga
apenas uma frase: - "Foi meu amigo, acreditou em mim e
me quis mais perto de Deus!" - Aí, então derrame uma
lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas
não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E,
vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova
tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha
na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria
muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar
a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a
separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que
aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas
coisas? Então ore para que nós vivamos como quem sabe
que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube
viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu
para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o
seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que
não vou estranhar o céu... "Ser seu amigo... já é um
pedaço dele..."

Chico Xavier

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Season

"A porta fechou atrás dele com um clique definitivo. Os olhos de Clary estavam ardendo, do jeito que ficavam toda vez que ela tentava conter lágrimas por muito tempo. Hodge estava na frente dela, um borrão cinza difuso.
- Sente-se - ele disse. - Aqui, no sofá.
Ela afundou agradecida nas almofadas macias, piscando os olhos.
- Eu não costumo chorar muito. - ela se viu dizendo. - não é nada. Daqui a pouco vou estar bem.
- A maioria das pessoas não chora quando está chateada ou assustada, mas quando está frustrada. Sua frustração é compreensível. Você está passando por uma fase e tanto.
- Fase? - Clary limpou as lágrimas na blusa de Isabelle. - Acho que poderia dizer isso."

domingo, 7 de novembro de 2010

Trinta coisas pra fazer antes dos trinta.

1. Ficar absurdamente bêbado pelo menos 1 vez na vida
2. Encontrar alguém da Net
3. Agarrar um amor platônico
4. Se apaixonar a primeira vista
5. Roubar o namorado de alguém
6. Roubar chocolate nas lojas Americanas
7. Ir pra balada de ônibus
8. Subir num palco e dançar igual louco
9. Transar num lugar público
10. Fingir ser estrangeiro e falar um idioma que não existe
11. Pintar o cabelo de uma cor absurda
12. Fazer uma Tatoo
13. Ter o melhor sexo da sua vida com um idiota
14. Ir a um show de rock e ficar gritando: 'CANTA PAGODE'
15. Voltar da balada e dormir com a roupa que saiu
16. Se jogar na piscina de roupa
17. Fugir de casa pra sempre e voltar no outro dia
18. Ir numa boate gay
19. Passar uma semana a base de sorvete e chocolate
20. Tomar banho de praia a noite
21. Ter um peixe e conversar com ele (pode ser cachorro? haha)
22. Encontrar um ídolo
23. Sacanear um desconhecido
24. Chorar vendo um desenho
25. Compor uma música
26. Viajar sozinho
27. Chorar de tanto rir
28. Jogar uma bomba no vizinho
29. Encontrar um amor
30. dizer EU TE AMO

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pg. 195

"...O menino com cabelos brancos estava sorrindo para Jocelyn, com olhos que brilhavam do jeito que os olhos dos meninos brilham quando eles gostam muito de você. Ninguém, Clary pensou, jamais teria olhado pra ela daquele jeito. Valentim, com o rostro frio e delicado, era completamente diferente do pai dela, com aquele sorriso aberto e os cabelos brilhantes que ela havia herdado.
- Valentim parece... mais ou menos legal.
- Legal, ele não era - disse Hodge com um sorriso torto - , mas era charmoso, inteligente e com grande poder de persuasão. Você reconhece mais alguém? (...)"

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um pobre diabo que não sabe esquecer..

Esse é o grande problema de não saber esquecer, ficar condenado às lembranças; ficar preso a um abraço, um beijo, um olhar, uma atitude, a uma pessoa...
Estar preso a momentos passados, amizades que já se foram, pessoas que já estiveram por perto. Eu sei que é hora de deixar tudo isso pra trás, hora de um recomeço;
Agora vai ser a hora de encerrar o capítulo das memórias e dar lugar aos próximos sobre realidade.
É tempo de mudar e parar de perder tempo com lembranças.

Pardon Me

"So pardon me while I burst into flames
I've had enough of the world and it's people's mindless games
So pardon me while I burn and rise above the flame.."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Season

Chega uma fase da vida em que revemos tudo que já fizemos pra tentarmos descobrir realmente quem somos, simplesmente é uma busca interminável do verdadeiro eu, onde passamos cada dia com dúvida.
Questionamentos desse tipo que as vezes vem à tona, como quando pensamos se o que fazemos todo dia é o certo ou se a verdadeira vontade não é jogar tudo pro alto e começar do zero de acordo com o que der na telha. É justamente ai que está a questão da coisa, abandonar tudo pra suprir as próprias vontades é arriscado demais; estamos acostumados a uma época em que é melhor fazer o que é seguro do que simplesmente algo imprevisto cujo não sabemos até onde irá.
O ruim é que essa fase de nos fazermos esse tipo de pergunta nunca passa, resumindo.. vivemos em eterna dúvida. Atitudes, palavras ditas, gestos feitos.. tudo nos faz questionar.
Enfim, não podemos nos arrepender de nada, porque já fizemos. A questão é o quantos nos orgulhamos disso..

O girassol - Ira!

Eu tento me erguer
Às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou...

Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança
Do seu sermão...

Você é meu sol
Um metro e sessenta e cinco
De sol
E quase o ano inteiro
Os dias foram noites
Noites para mim...

Meu sorriso se foi
Minha canção também
Eu jurei por Deus
Não morrer por amor
E continuar a viver...

Como eu sou um girassol
Você é meu sol...

Eu tento me erguer
Às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou...

Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança
Do seu sermão...

Morro de amor
E vivo por aí
Nenhum santo
Tem pena de mim...

Sou agora
Um frágil cristal
Um pobre diabo
Que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer...

Como eu sou um girassol
Você é meu sol...


Deu vontade de ouvir essa hoje, meio antiguinha. '-'

Choices.

A gente sofre porque é esse o caminho que a gente escolhe..
"Preciso lhe contar um segredo: Existe um mundo além de sua própria dor! Se você me responder 'Eu não tô nem aí com a dor do mundo', já respondeu a pergunta do porquê está tão jogado às traças. Sair desse estador de ego ensandecido, de tudo eu, tudo eu, tudo eu, não é fácil, hay que tener cojones, mas é um mapa para os tesouros do amor e da aceitação"


De alguém do blog da uol..

this way;

 Hoje à tarde enquanto as nuvens tomavam conta do céu, uma estranha sensação tomou conta e me fez lembrar daqueles dias de novembro, dezembro..
Acordei tão bem, parecendo até extasiada. É um daqueles dias em que nada pode estragar o humor, ele se torna impecável. Pena que seja uma raridade gostosa me sentir dessa maneira, fico lembrando do quanto me perco quando estamos juntos.
Estar assim é passar o dia inteiro sorrindo de nada, ignorar quem tenta me atingir. Só o fato de ter ocorrido algo bom já é motivo suficiente pra manter o sorriso estampado no rosto por horas.
É poder olhar pra trás, não me arrepender e lembrar que realmente vivi.

/september

sábado, 25 de setembro de 2010

Crise dos dezessete.

Eighteen. Um número cheio de responsabilidade.
Dezoito, número natural que procede do dezessete e antecede o dezenove; na númerologia cabalística é uma das representações de satã, já que um mais oito resulta o nove, número do ego; o arcano XVIII, a lua; dualidade, luz e sombras; maior idade em vários países.
Um número repleto de significados; o número que está chegando pra mim.
O que anseio, porém amedronta. Imaginar ter dezoito anos é ótimo.. poderei tirar minha carteira de habilitação, entrar em que lugares quiser, assistir o que quiser, beber o que quiser; o sentimento falso de "liberdade". Tanta coisa fútil..
 É, estar envelhecendo amedronta; amedronta essa entrada de vez para o "mundo adulto", um caminho inevitável e sem volta. Não se tem escolha, o tempo chega para todos.
Peço apenas sabedoria e paciência pra aprender a lidar com tanta inovação e responsabilidade que esse número traz consigo. Isso tudo, quanto mais perto fica, mais assustador vai se tornando.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Restabelecer conexões.

Por que não? Por que não tentar consertar o degradado?
Bom, eu não irei perder nada. E se tiver algo, só tenho a ganhar, a retomar o caminho interrompido.
Ou ser subestimada, só. Quem sabe?

I'm just chasing time again.
Thought I would die a lonely man, in endless night.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ser uma pessoa melhor pra que? Se as circunstâncias não mudam..

domingo, 12 de setembro de 2010

Tired of games;

Às vezes as pessoas tem tanto medo de perder as outras. É, e o medo as faz tomarem atitudes terríveis; elas ficam com tanto medo, mas tanto que agarram-se as outras como se as levasse nas mãos e apertam com medo de que possam escapar.
Chegam a quase sufocar e como areia, as amadas escapam entre as brechas dos dedos. Quanto mais as aperta contra si, mais elas vão embora pelos vãos.
E é ai que ficam as medrosas, como se estivessem numa areia movediça, quanto mais se mexem.. mais se afundam. É triste, realmente muito triste perder os outros, ainda mais quando a causa são os próprios caprichos.
Às vezes as amadas não querem ser amadas, e sim procuradas como amigas apenas. Parece a coisa mais difícil do mundo para alguns entender isso;

Sabe, você me pressionou tanto por uma resposta que eu não sabia dar, até conseguir uma que não quis ouvir. Eu não o culpo; e também não me culpo por não ter resposta pra tudo independente de quanto tempo eu tenha tido pra poder descobrir.
Por que a minha indifenreça? o princípio do amor próprio é não sofrer por ninguém.

                                                                                                                                11/09

Tonight, tonight

Time is never time at all
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
We will never be the same
The more you change the less you feel

Believe, believe in me, believe
Believe that life can change
That you’re not stuck in vain
We’re not the same, we’re different tonight
Tonight, so bright
Tonight

And you know you’re never sure
But you’re sure you could be right
If you held yourself up to the light
And the embers never fade in your city by the lake
The place where you were born

Believe, believe in me, believe
Believe in the resolute urgency of now
And if you believe there’s not a chance tonight
Tonight, so bright
Tonight

We’ll crucify the insincere tonight
We’ll make things right, we’ll feel it all tonight
We’ll find a way to offer up the night tonight
The indescribable moments of your life tonight
The impossible is possible tonight
Believe in me as I believe in you...
Tonight

Fear; courage.

"O que te move, ser de carne? O medo ou a coragem?"
Diria que não da pra escolher um dos dois quesitos porque o que move um ser é tanto a coragem quanto o medo.
São ambos muito amplos. O medo está presente em todos os lugares, em atos, indecisões como o medo de fazer algo errado, medo em falar asneiras e acabar afastando queridos, medo de não ser aceito, medo de se machucar ou até mesmo medo de gostar de alguém.
A coragem forma par com o medo, e ambos são responsáveis pelas decisões.
É preciso ter coragem pra acordar, pra viver mais um dia em meio a tantos; coragem pra falar coisas que não quer; e também é preciso ter muita coragem pra suportar todos os dias ser quem é e enfrentar os medos.
Então, o que move um ser é tanto um quanto o outro, basta saber decidir qual vai te mover hoje.
 
Os sonhos nunca desaparecem, enquanto as pessoas não os abandonam.
E quando for mais prudente abandoná-los?

Today

Hoje enquanto acordava, não estava falante como ontem, estava quieta agora;
hoje enquanto conversávamos eu conheci um pouco mais desse mistério;
hoje enquanto ele falava eu me distraí pensando em porque não guardei uma bala sequer;
hoje enquanto esperava, desejei que todos os ônibus demorassem;
hoje enquanto andava pensei no quanto vale essa minha vida;
hoje enquanto pensava.. percebi que não posso deixar de lembrar do ontem porque não quero;
porém por mais delicioso que pareça o ontem, nada é mais sugestivo do que o hoje.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sick.

Cansada do meu trabalho; de perder meu tempo; de ter vícios; dessa timidez; dessa preguiça; das mesmas músicas; das pessoas que me cercam; de não ter ninguém e de doer por dentro, esse vazio.



"(...)cada um sabe da dor e da delicia de ser o que é." Pois é, toty.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

After midnight;

O horário que inspira, que intriga, que induz você a ser só você e te obriga a deixar os personagens do dia a dia de lado.
Enquanto todos dormem nesse magnífico tempo, não sabem o que estão perdendo. É o momento em que suas ideias transbordam sem serem interrompidas, é o apse do verdadeiro eu vindo a tona; é o momento de inspiração pra desenhar, escrever, rir, pensar, chorar.
É o silêncio taciturno tomando conta da noite, onde os mesmos, se tornam suas mais cúmplices companhias.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Alone, huh?

"Garota invisível. Olha pra mim. Olha pra mim. Olha pra mim. Muita gente olhou pra você, nem todos enxergaram a profundidade de sua busca, de seu desamparo, de sua solidão. Você nem imagina, nem tem ideia do quanto você é minha querida. Quanto me senti representado a cada vez que ele protegeu você. Você me comoveu, me comoveu de verdade, desde o primeiro momento. Você é uma tragédia grega ambulante. Como explicar você, sua expressão eternamente em caps lock. Quente ou frio, morno não. Intensidade é teu sobrenome. Uma criança que não deixa a gente pegar no colo e cuidar, pois se antecipa e ja quer brincar de casinha e quer sempre ser a mamae. E la vai, la madre a tomar conta da gente, gente que ja cresceu, cresceu. Tão lindo ver o sorriso, foi emocionante ouvir você ontem a noite dizer 'eu me sentia tao sozinha lá fora, aqui eu não me senti sozinha" você ganhou um grande premio, acho que talvez você não vá padecer de tanta solidão."

domingo, 22 de agosto de 2010

Hole;

Sabe, nossa amizade costumava ser como um caminho engraçado até o dia em que você começou a criar os buracos.
Teve um que você cavou tanto, mas tanto, que a partir dai começou a ser criado um abismo entre nós. Vendo essa situação eu ergui uma ponte até você só pra não ter que te ver ir assim. E o que você fez? Cortou as cordas da extremidade que me ligava até você.
E o abismo foi se aprofundando cada vez mais e de uma tal forma que acredito que esteja quase irreversível essa situação; já que você prefere assim.. criar essa distância na nossa amizade, eu acho que terminarei de queimar a ponte. Eu não gosto nenhum pouco dessa ideia, porém você está quase me obrigando a isso.
Triste né? Mas o que vem sendo feito, já está feito. É uma pena chegar a esse estado tão deplorável, só que não adianta o esforço de apenas um dos lados.

Go, genius.

Pra que tudo isso?
Parece que quanto mais você sabe, mais infeliz se torna. Por que isso então?
Saber, entender, questionar, pra que? Se a ignorância é uma benção..
Quem não sabe, não entende e não questiona, se conforma com o que lhe é dado e pronto. É feliz com tão pouco; já quem procura entender não se resigna nunca.
Para estes segundos é como um ciclo que nunca acaba por estar sempre querendo mais e mais, e no final das contas o que consegue é uma boa dose de decepção porque o mundo é desse jeito desde sempre.
Então por que o conhecimento está disponível em todos os lugares se isso só traz infelicidade e amargura?


"Lay your weary head to rest; Don't you cry no more"

Carry On My Wayward Son

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more

Once I rose above the noise and confusion
Just to get a glimpse beyond this illusion
I was soaring ever higher
But I flew too high

Though my eyes could see I still was a blind man
Though my mind could think I still was a mad man
I hear the voices when I'm dreaming
I can hear them say

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more

Masquerading as a man with a reason
My charade is the event of the season
And if I claim to be a wise man, well
It surely means that I don't know

On a stormy sea of moving emotion
Tossed about I'm like a ship on the ocean
I set a course for winds of fortune
But I hear the voices say

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more, No!

Carry on, you will always remember
Carry on, nothing equals the splendor
Now your life's no longer empty
Surely heaven waits for you

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry
Don't you cry no more

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hoping for the best but expecting the worst. Are you going to drop the bomb or not?

Pois é, porque quando ele gosta.. ela não quer.. seu enjôo torna-se quase um desprezo.
Quando ele a abandona sem explicações, ela sente falta e o quer; a confusão toma conta e se for pra ser assim, que não seja então; porque sua dúvida a impede de falar e tentar descobrir se ele ainda sente o que sentia antes.
E então vem a angústia.. de que ele já não é mais o mesmo; não conversa como antes, não a trata como antigamente.

Assim fica complicado, não?

domingo, 15 de agosto de 2010

The Magic

Relógio de bolso.
Pra quem me ve dizendo que quero um.. logo fala "credo, que coisa brega". É, então deixe-me com minha breguice. É tão gostoso pensar em como poderia ter sido boa a época em que esse tipo de relógio estava em alta, pensar no passado e deixar de lado toda essa tecnologia que envolve o mundo atualmente.
Pelo que me contam, antigamente, as pessoas pareciam ser mais leais, compreensivas e inteligentes, embora com menos recursos. E penso que seja isso que realmente fazia a diferença porque elas tinham mais contato umas com as outras, se falavam, brincavam juntas, riam juntas e se vangloriavam com a companhia uma da outra.
As coisas eram diferentes.
E eu preciso de um relógio de bolso pra me lembrar disso... e sonhar com essa outra realidade.

sábado, 31 de julho de 2010

As grandes coisas são as coisas pequenas que nós não percebemos

Senhora F. Uma senhora que vive com o pai. Não é casada; não tem filhos, porém criou seu sobrinho como um.
Seu pai, um idoso incansável. Trabalhou por muito tempo e agora com aproximadamente 80 anos voltou a estudar. Ele é com certeza um sujeito muito incrível, muito alegre e educado. Diria até que é um exemplo pra mim pela maneira como se comporta.
Mesmo necessitando de uma cirurgia, esse senhor carismático não teve medo de encará-la. Entretanto, como foi muito demorada.. será preciso outra cirurgia pra terminar o precedimento, que até então os dois aguardavam a chamada.


28 de Julho de 2010

Para sra. F. era só mais um dia comum.
Depois do almoço seu pai apareceu no escritório onde ela trabalha. Ao receber o comunicado, foi ver o que ele desejava. A garota que ajuda no departamento apenas lançou-lhe um olhar meio preocupado, afinal já sabia o que os dois vinham enfrentando.
Ao voltar, sra. F. estava aflita e contou para a chefe que marcaram a cirurgia de seu pai e que no dia seguinte ela teria que acompanhá-lo para fazerem a internação. E assim foi aquela tarde: uma senhora trabalhando aflita demonstrando preocupação em demasia.
As cinco horas da tarde a garota foi ao banheiro e ao olhar-se no espelho sua correntinha dourada em formato de terço estava á mostra por cima da blusa e então ela apenas olhou pra sua imagem refletida e pensou "isso não é pra mim" e saiu quieta.
Na hora de ir embora, quando a garota e a sra. F. estavam arrumando as coisas, a garota tirou a corrente do pescoço e entregou para a mulher a sua frente.
- Toma. - disse ela enquanto entregava a corrente.
- O que é isso? - a senhora a olhou atônita.
- É minha corrente. Vi que você está aflita demais, é só pra dar sorte. Ta precisando mais do que eu.
- Puxa, obrigada. Mas... não é justo, é sua! - respondeu a senhora já ficando sem jeito.
- É sim, Deus é justo. Quer que eu a coloque?
- Por favor. - falou, segurando o cabelo. - Não sei o que dizer, é muita gentileza sua. Fico até emocionada.
- Ah, tudo bem. Só não vá chorar. - falou a garota depois que terminou de colocar a correntinha.







"Eu não sou o mensageiro.
Eu sou a mensagem."

And all the lights that lead us there are blinding

Eu não sei porque ela se ilude achando que é o destino que cruzou seu caminho com o dele novamente. Foi tão inacabada a forma como tudo terminou da outra vez.
E ainda é uma surpresa como ele ainda pergunta dela, sem mais nem menos agora... depois de tanto tempo sem se falarem. Sempre quando ela acha que está tudo sossegado.. o passado insiste em abalar as estruturas dela.
Pra que? Ela só quer saber o por quê.
Ela pensou que talvez dessa vez conseguisse mais do que apenas algumas horas com ele. Ela só pensou em arriscar pra ver no que daria.
Certamente não deu em nada. Observando daqui... eu realmente não sei o que dizer a ela, inocente, achando que ele ainda a quer.
O problema é se quiser mesmo? Provável que não.. mas como ela vai saber?

Eu sou o mensageiro.

"Já estamos aqui há uma hora.
Ritchie se levanta e entra no rio. A água sobe até seus joelhos. Ele diz:
- Nossas vidas são isso, Ed - ele agora está com essa história de que as coisas passam correndo pela gente. - Tô com 20 anos na cara e... - a tattoo de Hendrix-Pryor pisca pra mim sob o luar. - Olha só pra mim: não tem nada que eu queira fazer.
É inegável como a verdade pode ser brutal às vezes. Só dá pra admirá-la.
Geralmente passamos a vida acreditando em nós mesmos. "Eu tô bem", dizemos. "Tá tudo bem". Mas às vezes a verdade pega no pé e não tem santo que a faça desgrudar. É aí que percebemos que às vezes ela nem chega a ser uma resposta, mas sim uma pergunta. Mesmo agora, estou aqui pensando até que ponto minha vida é convincente.
Eu me levanto e vou pra perto do Ritchie no rio.
Ficamos os dois ali, com água até os joelhos, e a verdade acaba de arriar nossas calças.
O rio continua a correr.
- Ed? - Ritchie diz mais tarde. Ainda estamos dentro da água. - Só tem uma coisa que eu quero.
- O que é, Ritchie?
Sua resposta é simples:
- Querer."

I mean it, I promise.

Every day may not be good... but there's something good in every day.

I mean it, I promise...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

You be the anchor that keeps my feet on the past.

And I was nearly scared to death
Why you left in paragraphs?
All my sand castles fall like the ashes of cigarettes
Just to ask God the question, "Is everyone here make-believe?
With a tear in His voice, He said, "Son, that's the question."
Does this deafening silence mean nothing to no one but me?

Por que eu?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A new day; a new page.

Vida de papel.
Oh, essa vida de papel cujo cada dia é escrito de caneta pra não poder ser apagado jamais.
Uma vez ou outra da pra usar uma dose de branquinho pra poder tentar corrigir algo aqui ou ali, entretanto todos sabemos que não da pra se apagar totalmente e simplesmente reescrever por cima. Sempre sobram rastros.
Embora desejamos poder mudar algumas coisas, o que está feito está feito.
Todo novo dia é dado um novo pedaço de papel e uma caneta pra cada um poder escrever o que quiser; tentar mudar o rumo da própria história.
Incrível que algumas pessoas conseguem dar vida ao personagem, ir pra onde quiserem, fazer o melhor que puderem mesmo quando a folha está suja e rasgada; enquanto outras que tem a folha elegante e pomposa.. deixam o personagem desnutrido de criatividade.
Bom para os que conseguem desenrolar suas hisórias com graça, aprendendo cada dia mais; os outros, os ignorantes, por mais que tentem.. terão não mais do que palavras confusas, incoerentes e embaralhadas.
O que deveria fazer todos os dias é isso, tentar dar um desfecho mais ou menos diferente a cada capítulo pra que no final quando o livro estiver completo eu poder me orgulhar da minha história.

domingo, 11 de julho de 2010

Obvious

O engraçado é quando a gente percebe que a nossa volta existe tanto e ao mesmo tempo nada.
Quando te solicitam ajuda, você ajuda e está lá sempre. Quando você precisa... só há: você e você. Ninguém move um fio de cabelo pra te acudir e você começa a deduzir o óbvio de que se as pessoas pelo qual você conforta merecem tanto esforço.
A realidade é que não merecem nada além da própria retribuição vazia que deveriam ter.
Infelizmente.. existem pessoas tolas como eu, que mesmo sabendo disso, continua ajudando.

domingo, 4 de julho de 2010

Era uma vez.



Era um vez,
Era uma vez... uma princesa de um reino muito distante. A princesa era cercada de gente de variados tipos. Ela era do tipo que conquistava todos, não só por sua bela aparência, mas por seu carisma, sua conversa, seu senso de humor e uma inteligente ousadia; As pessoas adoravam tê-la como companhia. O problema era justamente esse: ela conquistava a todos, entretanto nenhum a conquistava; eram sempre as mesmas flores, as mesmas declarações e ela estava se cansando disso.
Quase todos os dias ela passava parte da manhã na janela observando o que acontecia lá embaixo nas ruas. Certa manhã enquanto olhava o reino ela viu algo diferente. O que ela viu? Passando pelas colinas ela viu um homem montado á cavalo se aproximando e ficou debruçada no parapeito enquanto o misterioso cavaleiro ficava cada vez mais perto.
A princesa correu até a antessala, abriu um pouco da cortina e ficou olhando o homem se aproximar. Quando finalmente o cavaleiro chegou aos portões do castelo, se apresentou e os guardas liberaram sua passagem...
E então ele desceu do cavalo. Tinha a pele pálida como o mármore, cabelo negro bagunçado caindo sobre o rosto e lindos olhos azuis que se destacavam. Usava um casaco azul marinho, calças brancas, botas e tinha uma capa vermelha por cima dos ombros. Ele era deslumbrante na medida certa.
Viu a movimentação da cortina e flagrou a princesa olhando pra ele. Apenas sorriu, um sorriso que derreteria qualquer pessoa de tão encantador.
E a princesa? Descobriu que ele era um príncipe do sul que cavalgou quilômetros pra conhecer a misteriosa princesa de que falavam tão bem.

Pois é,
Era uma vez..
Era um sonho; era um pensamento; era uma estória; era uma ideia, era uma utopia..
Poderia ser tudo, qualquer coisa, menos uma vez.

domingo, 20 de junho de 2010

O coruja.

"A bondade, esse pouco!
Visionário! Não se lembrava de que a bondade, à força de ser esquecida e desprezada, converteu-se em uma hipótese ou só aparece no mercado social em pequenas partículas distribuídas por milhares de criaturas; como se dessa histórica virtude houvesse apenas uma certa e determinada porção desde o começo do mundo e que, de então para cá, à medida que se multiplicaram as raças, ela se fora dividindo e subdividindo até reduzir-se a pó."

domingo, 30 de maio de 2010

Patriotismo?




Tantos torcedores, tantas manias distintas. Embora cada um tenha uma opção de time em época de copa todos se juntam para torcer por um único time: nosso querido Brasil. Tudo pára quando a seleção entra em campo e surge uma imensa expectativa, até quem não gosta de futebol acaba torcendo.
Afinal.. em todo lugar só se fala nisso, chega a ser uma baita persuasão. O verde e amarelo se espalharam pelas ruas da cidade como uma epidemia que só tende a crescer mais e mais; no jornal estão contando os dias para o início da copa.
Já os torcedores vão se organizando pro tal momento esperado.. tem os que usam chapéu verde e amarelo; os que preferem os óculos, pulseiras, camisetas, chinelos e os mais chamativos preferem optar por cornetas e até existe os que colocam mais bandeiras em carros e janelas de residências. Tem um pouco de tudo e eu deixo cada indivíduo com a sua mania, sua superstição.
Embora eu não me considere patriota.. hoje eu, sem querer, percebi que talvez tenha um pedaço de mim que seja da cor desse país. Foi preciso ver um desses chapéus na vitrine de uma loja para pensar em como seria engraçado participar desse movimento de que é tanto comentado. E eu vi que querer torcer pelo time do meu país é uma pequena manifestação de que eu amo esse lugar que eu tanto desprezo.
Pois é, quem diria que um dia eu escreveria sobre isso porque estou sempre preocupada demais em olhar o exterior; elogiar as músicas estrangerias, os produtos, os estilos, os ruivos da escócia, o frio da Europa, os loiros alemães, o sotaque francês, inglês britânico.. Ta.. e o Brasil? O que há pra se falar? De mim a maior parte que eu comento são críticas. Sempre falando do governo, dos políticos, da população, da violência, dos piores lugares. Agora eu percebo a minha ignorância.
Se fosse um país tão ruim quanto eu imaginava.. os estrangeiros não estariam preocupados em vir visitar; as mulheres mais bonitas são daqui; alguns dos lugares mais lindos são daqui. É um país rico.. rico de recursos e débil quando se trata de administrar tudo isso.
Enfim refleti bem e notei que o que tenho por esse pedaço de terra não é só desdém e que talvez aqui dentro do coração algo esteja soprando uma corneta pra torcer por ele todos os momentos.
Pois é, no fundo, no fundo.. todo mundo tem um pouco de patriotismo dentro de si. E você já tem o seu chapéu ou a sua corneta pra depositar as esperanças de vitória no Brasil? :)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nothing's ever built to last;

I'm the one that kept quiet 'cause silence has no face, but the words has many faces. (?

pág. 149
"-Não faz mal, eu vou matar ele.
(...) - Vou, sim. Eu já até que comecei. Matar não quer dizer a gente pegar o revólver de Buck Jones e fazer Bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu."

domingo, 23 de maio de 2010

Dream, huh?

Era fim de tarde. Lembro de estar na praia, havia acabado de chegar. Com os pés descalços na areia indo em direção ao mar ouço um chamado. Quando me viro ele está aqui já, bem pertinho de mim.
Sussurrou mais uma vez meu nome, dessa vez fitando meus olhos.
E então me beijou.
A vergonha, a timidez, tudo que tinha sentido antes perto dele sumiram nesse exato momento e só havia atenção para esse beijo.
Ele foi afastando o rosto devagar e me olhando.
Me desculpei caso o beijo estivesse ruim, pois há tempos não beijava mais ninguém. [claro, se eu nao dissesse isso.. com certeza essa da história não seria eu ;p]
Ele foi até uma toalha estendida e se sentou. Olhei em volta e pensei em sentar ao seu lado, porém achei melhor sentar entre as pernas dele, abraçados.
Eu não consigo imaginar esse tipo de romance, mas confesso que a sensação era boa; e todo meu fingimento, todo o meu gelo se dissiparam diante dessa sensação tão diferente. Aquele friozinho na barriga que ninguém consegue explicar.
Conversamos um pouco e então eu acordei.
Estava sonhando..
Convidaram-me para ir até o shopping. Não lembro bem quem estava lá, só lembro que fui.
Formamos uma rodinha de amigos em um espaço meio afastado e conversávamos sobre lugares, eventos e congêneres... quando ele chega.
Não chegou sozinho. Enquanto os conhecidos cumprimentavam uns aos outros, ele apenas ficou parado na minha frente olhando; depois sentou e não parava de encarar. Então finalmente disse:
- Me dá um beijo?
Ora, esse tipo de pergunta não se faz. Obviamente atraiu a atenção de todos e pararam pra ver minha reação.
Constrangida.. me inclinei um pouco pra frente e ele fez o mesmo. Quando estava perto de sua boca desviei e cochichei para que só ele pudesse ouvir "eu sonhei com isso ontem".
Ele voltou pra posição em que estava e abiru um sorriso, como se ouvir aquilo tivesse sido mais vitorioso do que qualquer outra coisa.
E então eu acordei, de novo...

E vi que se pode ter um sonho dentro do sonho. Estranho, mas legal.. diferente né.
O ruim é que me faz lembrar de coisa que talvez eu não queira me envolver.. só isso.



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Burning bridges

Hoje eu pensei em você. Pensei com o famoso "e se..?" E se.. né?

Estava ela lá sentada sozinha olhando pro nada quando surge uma silhueta ao seu lado parado como uma estátua.
Com o olhar distante ela nem se atreveu a olhá-lo.
- Senta aqui, tio. Quero levar um bla bla bla com você, pedi que o chamassem..
E ele se sentou e permaneceu quieto, apenas ouvindo.
- Eu pensei em você hoje. Na cozinha hoje com a vó, ela estava fritando bolinho e eu fui ajudá-la.. perguntei 'coloco onde, vó? no prato do César?' ela só riu.. achou graça eu ter dito dessa forma e pôs-se a falar bem de você como sempre. Contou que você chegava e a chamava pra conversar, só pra dizer que conheceu alguém novo no dia.. mas chamava. É toda orgulhosa quando se trata de você, me disse que as meninas viviam atrás de você porque era muito lindo.. todo certinho, não bebia, não fumava, só se interessava pela sua musculação. Ela sente muito a sua falta.. Soube de seus campeonatos, no primeiro ficou em terceiro lugar disputando contra veteranos.. uma baita vitória por ser a primeira vez hein?
Enquanto ela tagarelava sozinha ele só ouvia... e ela não se virava para encará-lo, fitava o vazio e falava.
- Mas sabe, acho que mamãe é desse jeitão por sua causa.. por não ter feito os bolinhos de chuva que você pediu. Mesmo não me lembrando, me contam que eu era muito chorona e você me colocava pra dormir na sua barriga.. diz a lenda que eu me acalmava. Ultimamente to precisando deitar em uma barriga assim e voltar a me sentir mais segura. Eu sinto tanto a sua falta mesmo não tendo o conhecido ao ponto de poder recordar agora.
"Pedi que viesse aqui.. não espero mesmo que diga algo, só pedi pra que eu pudesse contar isso.. que eu venho prendendo aqui dentro. Tem dias que eu fico um tempão assim pensando em você.. pensando no "e se.." e se você estivesse aqui hoje, como seríamos? o que mudaria? Se um dia eu te ver, por favor me diga alguma coisa, me conforte, espero não sentir medo, eu gostaria muito.."
- Eu sinto tanta saudade. Ainda te verei, tio César..?
E então finalmente ela se virou pra encará-lo, porém os raios de sol invadiram sua visão e depois ela viu que já não havia mais ninguém ali.

terça-feira, 4 de maio de 2010

"Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz"

A voz do silêncio.

"Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.

Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.

Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.

Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"

É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.

E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem."

Marta Medeiros

terça-feira, 27 de abril de 2010

But what do I know?

No calor, enquanto estou me sentindo sufocada penso "poxa, cade o frio? :("
E o frio? o frio vem e me pega destraida, penso "poxa, podia ter um solzinho pra dar uma esquentadinha"

Ta calor, quero frio.
Ta frio, quero calor.
E ai? E ai isso pra mim é um exemplo de que eu não sei o que eu quero. Eu nunca sei o que eu quero.
E afinal, não saber o que quero.. é por partes bom, não me deixa envolver com algumas coisas; e ao mesmo tempo é ruim também porque que finalidade tem alguém que é um zumbi? Que reclama, que desanima, que não faz nada pra mudar.. afinal, se não sabe o que quer.. o que tem ta bom.
E o pior, ou melhor, é quando eu começo a ver que o que tenho não é o bastante. É tão fácil desanimar.
É tão fácil ser confusa. É mais fácil.

domingo, 18 de abril de 2010

SOMETIMES

Às vezes eu sinto falta de você, de mim.
Às vezes eu vejo fotos e lembro de você, de mim.
Às vezes eu ouço músicas e lembro de você, de mim.
Às vezes eu me sinto meio estranha e lembro de você, de mim.
Às vezes eu vejo você e lembro de mim.
Às vezes eu queria que você pensasse em mim.
Às vezes eu penso em você e esqueço de mim.
Até quando eu vou ter que aturar você as vezes aqui dentro de mim?
Por que sempre você não pode sumir dentro de mim como acontece as vezes?
Às vezes eu começo a acreditar que você sempre vai fazer parte de mim.
Às vezes eu choro, não por você, mas por mim.
Às vezes eu ainda te quero, exatamente do seu jeito, só pra mim.
Muitas das vezes eu rezo, só rezo pra você não existir mais dentro de mim.

domingo, 11 de abril de 2010

God. Please, forgive me.

Pray. Keeping faith, despite the pain and emptiness.

Hello, I swear I won't be too long
Hello, I promise I'll be real strong
Wait up, I just wanna tell you
Hold up, why are you still here?
I've been dirtier than you wanna know

Oh, Dad please give me strength to live each day that you cencebe me.

"Se você tivesse a oportunidade de fazer uma pergunta a Deus, qual seria sua pergunta?

Perdoa-me?"

segunda-feira, 22 de março de 2010

An empty person.

"Você enjoa de cheiros, sabores, lugares, coisas, por que não enjoaria de pessoas?"

Eu não falo de dor, eu falo da estranha sensação que é não sentir nada.

Ah, chuva...


Já ha algum tempo venho tentando escrever sobre isso. Entretanto só peguei o caderno agora devido as circunstancias: deitada ao lado da janela sentindo a brisa fresca da chuva e observando o céu em noite nublada.

A chuva por definição do dicionário significa água que cai das nuvens; abundância (do que sobrevém); para outros trata-se apenas de um fenômeno da natureza; para mim costuma ser muito mais do que isso.

Quando era mais nova minha mãe e pai costumavam dizer que quando Papai do céu estava triste. padecendo em decepção aos humanos, ele chorava e suas lágrumas representavam as gotas de chuva. Hoje, sei que não é bem assim.

Já vi chuva de fogos, li sobre chuva ácida, e agora dedico aqui a minha chuva de palavras.

Quando o dia está muito quente logo fico almejando que o tempo mude e desabe o mundo em água. Às vezes chega até a acontecer e quando ocorre de ameaçar uma tempestade, tudo mudo; o vento sopra mais gelado, mais úmido e sobe um odor maravilhoso de terra molhada.

Assim como o ar, a chuva tem o poder de lavar almas. No ápice da tristeza se você tiver a oportunidade de se deparar com uma tempestade então não corra... se deixe molhar e aproveite a sensação que isso lhe propiciará. Imagine que suas mágoas transpareceram tanto ao ponto de você parecer estar sujo por elas e deixe que cada gota de chuva te lave, lave sua alma o deixando transparente para recomeçar de um jeito melhor.

Gosto de pensar na chuva dessa forma, como um novo começo.

Is this thing on?

Quarta-feira.

Acordei, puxei a cadeira de palha da vó até uma sombra no quintal. Sentei e peguei um livro para acabar de ler. Havia marcado a página na crônica "coisas abomináveis" de Paulo Mendes Campos. Agora, já de noite, estou a algumas páginas de terminar o tal livro As cem melhores crônicas brasileiras porém cansei de ler, lembrei da crônica do Paulo e resolvi fazer uma minha.

Coisas abomináveis.

Programação de televisão aos domingos; horário político; filme pela metade; cinema em dia de estréia; crianças mimadas; bebê chorando; modem queimado; amigo interesseiro; pretendente não correspondido; falar de si mesmo; atender telefone; sol escaldante; trem lotado; ônibus lotado; pessoas sujas; pessoas falando no cinema; falar sobre o que não conhece; pés molhados em dia de chuva; verão sem ventilador; medo do escuro; medo de fantasma; incômodo com o silêncio; arroto; se fazer de vítima; cansaço de não fazer nada; ter vontade de sair e não ter pra onde ir; ter pra onde ir e não ter com quem sair; música em inglês cantada errada; seriado americano dublado; latido de cachorro dentro de casa; dor nas costas; indisposição; aula de matemática; praia lotada; lixo na praia; coca-cola sem gás; parentes falsos; amor; saudade.

Coisas deleitáveis.

Vento de chuva; cheiro de terra molhada; banho de chuva; noite; amigos presentes; surpresas; comer sucrilhos sentada no tapete da sala do pai; ver desenho de manhã; comida japonesa; contemplar o crepúsculo; roupa de inverno; pessoas no inverno; ventilador; viagem; família; banho quente; massagem nas costas; cuidar dos amigos; falar besteira; pedir conselhos; contemplar o céu; encontrar pessoas; trakinas com coca-cola; ver filme debaixo de cobertor; ler; ter companhia; ir ao parque; ir ao parque de diversões; ver seriados; admirar pessoas elegantes; brincar com o cachorro; acordar em dia nublado; ouvir música alta sozinha em casa; cozinhar; tirar fotografia; cantar junto com a música; jogar softball por diversão; rir sozinha; escrever; ler na praia; banhar-se no mar; aprender ouvindo os outros; observar; almejar alguém; jogar video-game; experimentar as próprias roupas; fazer combinações; desenhar; conversar com amigos por mensagem; fazer compras em super mercado; lavar o rosto ao acordar; sol morno em dia frio; correr risco; se inspirar; deixar-se amar; lembranças; saudade.

Grow up, son. Grow up.

Engraçado, quanto mais a gente cresce vai ficando sem graça. Nas comemorações do ano começam a ser raros os presentes ganhados; os aniversários não são mais tão cheios.

Os contos de fadas perdem a graça dando pleno lugar à realidade; os sonhos não são mais sonhos... agora denominam-se objetivos.

A areia da praia que tanto serviu para diversão em outros tempos já não é mais tão boa, incomoda; as pessoas também começam a incomodar por serem, na maioria, hipócritas, dissimuladas que só te procuram quando precisam de algo. Não existe mais a ingenuidade que costumavam ter.

Ler não é mais tão chato, até torna-se um hábito. Quando somos novos, não vemos os perigos, tudo é festa; quando crescemos nos tornamos cautelosos com medo de levar um simples tombo. E se caímos não damos risada disso, nos envergonhamos.

A escola já não importa mais, foi uma época da vida que já está concluida e agora paramos e vemos o grande mundo que temos, as variedades de escolhas; paramos com nossos diplomas na mão e pensamos "e agora?"

E agora? E agora nós crescemos, mesmo que pra família sejamos eternas crianças.

Mais um ano :D '09

Mais um ano terminando, porém o primeiro do qual registro os acontecimentos mais marcantes.

A começar pelo término do colégio. Adeus escola, até nunca mais! :D Finalizar o terceiro ano do Ensino Médio significa que agora é que a vida começa; as pessoas exigirão mais maturidade, responsabilidade e o que tenho mais certeza é que meus pais exigirão um trabalho.

O primeiro dia desse ano foi realmente marcante, sei que nunca esquecerei; eu estava com meus amigos e com que um dia eu gostava muito porém nao demonstrava com medo de parecer frágil demais. O que importa é que comecei o ano com eles. Depois de um tempo namorei, um namoro que não conta pois durou apenas quatro dias haha.

Descobri que alguém já algum tempo escondia os sentimentos por mim, começou a expo-los de modo a me pressionar. Namorei com ele por cinco meses e esse namoro só me rendeu à perda de uma amizade um dia significante.

Me aproximei de umas amigas enquanto outras se afastaram de mim; me apaixonei por alguém cujo seu toque não tive o privilégio de sentir, agora.. procuro me desiludir.

Li dez livros e meio ao decorrer do ano! Poxa, dez! *-* Disso me orgulhei haha fui praticamente sem dormir fazer o primeiro dia do exame Enem; meu aniversário foi um lixo e tornei-me mais caseira.

Fiz um curso de jovem aprendiz com meu irmão no começo do ano, estagiamos não remuneradamente do Citibank e não conseguimos um trabalho. --'

O que espero do próximo ano é muita inovação. Quero conhecer pessoas novas, ir a lugares em que nunca estive, conhecer ou descobrir, em meio aos já conhecidos, alguém que eu goste e goste de mim. Não esquecendo... que isso são apenas expectativas, o que sempre me decepciona.

Hangover.

Eu realmente gostaria de saber o que pensar, saber o que você pensa porque não tenho entendido muito bem.

Sempre quando acho alguém que "dá certo" comigo algo contribui para não haver uma continuidade. Então sempre será assim? Achando pessoas certas que me são tomadas aos poucos conforme o passar dos dias?

Seria tão mais fácil saber oq ue acontece depois, o que vem a seguir porque ultimamente tenho sentido um desespero tão grande por carregar tanto sentimento dentro de mim e simplesmente não saber o que fazer com ele; Só preciso de um abraço agora, seu abraço e que você me diga, bem de pertinho, que tudo irá ficar bem.. para nós dois.

Se tudo está mais ou menos normal.. por que eu sinto como se tivesse te perdendo?

Mas como se perde algo que a gente não tem?

A good day, it's anyday that you're alive ♪

It's up to you

"- ...how do people change?
- Well, it has something to do with God. So it's not very nice. God splits the skin with a jagged thumbnail from throat to belly. Then plunges a huge, filthy hand in. He grabs hold of your bloody tubes. You slip to evade his grasp, but he squeezes hard. He insists. He pulls and pulls... till all your innards are yanked out. And the pain... I can't even talk about that. Then he stuffs them back... dirty, tangled, torn. It's up to you to do the stitching.
- Get up. Walk around.
- Just mangled guts pretending.
- Yeah. That's how people change."

Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão;


"Aonde esta você além de aqui dentro de mim"
Como eu queria saber uma maneira de te animar em dias assim; queria te abraçar e mostrar o meu afeto por você.
Às vezes palavras não bastam, gestos são precisos para confortar alguém desanimado. Por que eu, apenas pra me sentir mais completa, venho buscado por algo que nem sei o que é? Todo mundo é assim ou só minha mentezinha complexa?
Não digo que entendo o que você tem passado, como te tratam, como não te reconhecem; digo que entendo em partes, tento entender ao máximo, porém só poderei realmente dizer que entendo se um dia eu vir a sentir o que você tem sentido.
Me quebra ter essa distância limitando minhas atitudes e transformando-as, assim, em apenas ideias inuteis que não virão a acontecer.
Por que não podia ser alguém daqui? Só você conseguiu resgatar o que eu pensei que nunca existiria em mim.
Mês passado prometi à minha consciência de que nunca mais me importaria com ninguém além de mim mesma; engraçado é que eu não consigo mantê-la. Olha eu ai de novo tentando cuidar de você pra que fique bem, mesmo de longe, me preocupando com seu estado de espírito.
Não espero nada de você, não tenho expectativa alguma pois é isso que sempre fode com tudo. Almejar uma pessoa em nossa mente e enche-la de expectativa. Não quero uma utopia, quero você como é e se não for recíproco, tudo bem, pelo menos saberei que você me fez sentir como jamais tinha me sentido.
Espero que você não me julgue porque eu jamais vou te julgar.
Post meio sem noção, mas é isso ai. Pensamentos desorganizados de uma mente tentando ser equilibrada.

Jigsaw piece. For me. ♥

O que tem tamanhos significados e me representa é uma peça de quebra cabeça roxa.
Um quebra cabeça é sempre um desafio. Para terminá-lo requer muita paciência e determinação para juntar todas as peças; é tão complexo pois me faz pensar muito, observar muito todas as peças com paciência e cautela para saber onde cada uma se encaixa perfeitamente; é um tamanho enigma que a solução é a que não vejo, a simples; é um algo que necessita ser decifrado.
Por mais que eu tente nunca serei completa, sempre terei algo que me diferencia. As peças da minha vida vem se encaixando aos poucos e agora eu entendo por que teve que ocorrer cada momento que eu pensei ser desesperador. Todos fazem parte do quebra cabeças da minha vida e eu sou só uma pecinha que se junta para completar o quebra cabeça da humanidade.

[21/10/09]

There is no reason.

Mas que merda, pq eu insisto tanto em remoer o passado? O que há de errado comigo? Quantas vezes vou ter que me fazer essa pergunta? Sempre que estou esquecendo.. algo acontece e não me deixa fazê-lo. O que há? Ainda há algo por vir? Eu só queria algumas respostas.. saber se foi eu que o afastei.. ou o que é, pq eu não sei mais. God are you there? "A forma e o reflexo se observam. Tu não és o reflexo, mas o reflexo és tu."

Como a vejo.


O amor mais puro que pode e poderá existir pra mim é o meu amor por ela.
Necessita de mim como necessito dela, cuidamos uma da outra; é quem não me julga, me ama assim imperfeita. É quem sempre está aqui ao meu lado; e mesmo nos meus dias de mau humor.. ela vem me receber radiante como sempre. Em dias de chuva vem correndo afobada e não para de pular.. me irrita, brigo com ela, mas logo ela está perto.. olhando com aqueles olhos indescritíveis.
Quando não estou ela chora. Não existe nenhum como ela, nenhum outro faz o que ela faz, como faz. Ela é diferente, ora gato, ora quase humana, nunca um verdadeiro cachorro.
É folgada, é preguiçosa, porém tem provado que nos protegerá acima de tudo.
Ela? É minha favorita, minha companheira. Minha Meg.

Pessoas, pessoas.

Tudo em você é falso.

O modo como fala, se veste, anda, opina. Antes você era do jeito. Antes você agia de um modo, sabia quem era você.

Hoje, falar palavrões e tentar ser "do inferno" não te faz melhor. Isso é só a minha observação e não me baseio só no agora, mas sim desde quanto te conheço.

Avisar não adianta, as pessoas não são muito receptivas rem relação às críticas e é por isso que eu escrevo.

Ninguém precisa ler, nem saber. Escrevo pra ficar bem comigo apenas.

Você se diz amiga, pra mim não é tanto. Amigos sabem falar e, principalmente, ouvir; você não tem ouvidos pras coisas que não falam de você porque é egocêntrica.

E também, ser autêntica é uma coisa que vem de dentro, das próprias ideias e não de juntar vários gostos e dizer que sempre foi assim.

Mudanças exteriores são e serão inevitáveis, entretanto as mudanças de atitues, jeitos, nunca mudará. Podem até haver algumas mudanças, porém ninguém foge muito tempo do que realmente é.

Agora me diz, quem você quer ser hoje? Ou melhor, quem você quer enganar hoje? aos que estão a sua volta ou a si mesma?

"...um desconhecido de mim mesmo."

" - Andei pelos altos montes como uma gazela que jamais imaginaria que pudesse despencar. Mas chegou o dia em que percorri os inóspitos vales das angústias, um lugar pelo qual provavelmente poucos profissionais de saúde mental transitaram, a não ser no campo da especulação. Nesses vales, descobri que tudo o que sabia sobre mim retratava apenas as camadas superficiais da minha personalidade. Entendi o que era um estranho em minha própria casa, um desconhecido de mim mesmo." pág. 31

Opinião clichê, talvez.

Um dia desses um amigo me disse que agora sentia-se livre, que antes parecia que algo o "segurava".

Hoje pensei e acho que sei o que poderia ser. A razão.

Ah, a razão! Esse julgamento tão sensato para tomar decisões ponderadas, porém às vezes nem tão ponderadas assim. Essa mesma sensação tão essencial, em demasia torna-se um estorvo reprimindo sentimentos e alguns dos mais profundos desejos.

Saber equilibrar esses dois lados da balança é uma proeza. Pessoas sensatas demais se tornam amargas, sufocando suas verdadeiras vontades.

Se você sentir que ultimamente parece mais com qualquer outra pessoa do que com você, observe porque há algo errado. É difícil chegar a um consenso diante desses dois segmentos tão distintos.

Depois que meu amigo me disse o dilema que passara e a solução que obteve, percebi que foi quando ele começou a agir como realmente queria, que se sentiu mais livre de si mesmo.

Lembrei que não é só ele que se sente assim, muitas pessoas passam por situações parecidas, entretanto não têm a mesma coragem que ele teve de enfrentar os questionamentos que sua própria mente indagava e enfim libertar-se da razão que o encarceirava.

Talvez, talvez.

É...

É meio frustrante ouvir alguém dizer que já não sente mais sua falta.

Ah.. [2]

" - Olha, meu amigo, não sei se somos anarquistas. O que sei é que até há pouco tempo eu não sabia dizer quem eu era.
- E agora sabe? - perguntou o entrevistador curioso. Mas nosso amigo deu um nó na mente dele.
- Agora? Sei menos ainda. Não sei quem sou nem o que sou, pois o que eu pensava que era não é o que sou. Estou me desintoxicando do que era para ser o que sou. Não compreendo ainda quem sou, mas estou à procura de mim. Ta entendendo?
- Não! - respondeu o repórter, saturado de dúvidas.
Bartolomeu reagiu aliviado, dizendo:
- Ufa! Que maravilha! Pensei que só eu não entendia. (...) " pág. 166

Over and over again

De novo. De novo. De novo.
Por que? Por que sempre tenho que cansar meu cérebro com lembranças?
Sempre questionando como seria hoje se eu tivesse escolhido o outro caminho. Como isso cansa.
Desanimar tanto, ouvir de terceiros que eu era mais animada antes, saía mais, tinha sempre algo novo pra contar. Pra onde foi todo esse ânimo?
Será que morreu em meio a tantas pressões que se desencadearam? O que há de errado com o presente pra eu pensar tanto no passado?
Eu venho procurando por respostas..

Say anything.

"A amizade crescera entre eles, surda, sem confidências. José do Egito, de longe, desejava revê-la, na esperança de repousar em sua companhia. Na verdade, ia encontrando nela uma certa tranqüilidade. Estavam longe os cálculos do dia em que a conhecera. [...]

Era sempre assim: Estela o atraía de longe, vinha a ela como quem vai a uma praia. De perto alguma coisa nela o agastava. A referência ao namorado, talvez, naquele momento. Não tinha efusões com ela, não era de confidências, mas acostumara-se a pensar na moça como em seu repouso. A irritação passaria; quando se fosse, Estela readquiriria a aura e ele voltaria a imaginá-la como dantes. Viera procurá-la para afrouxar os nervos da tensão dos últimos dias. Precisava que alguém partilhasse do seu êxito, se alegrasse com a notícia que seria o diretor da rádio. Que o Presidente gostava dos seus artigos. Que era uma pessoa influente.
Sua vida ia para a frente, Dona Das Dores não lhe armara complicações e parecia, ao contrário, empenhada em apressar seu casamento com Glorinha. Estimulava coincidências, interessava-se pela filha, alcovitava, enfim.
Não diria essas coisas a Estela, não era de dizer nada. Mas a presença dela, ou a idéia dela, o ajudava a ser feliz, a sentir a glória dos seus dias."

Sempre vai ser importante pra mim, sendo inconstante ou não. ♥

Ah..

Trechinho que curti do livro "o vendedor de sonhos - o chamado".

" - É melhor carregar do que ser carregado. É melhor suportar do que ser suportado.

E disse-me algo que mais uma vez colidiu frontalmente com meu ateísmo:

- O deus contruído pelo homem, o deus religioso, é implacável, intolerante, exclusivista, preconceituoso. Mas o Deus que se oculta nos bastidores do teatro da existência é generoso. Sua capacidade de perdoar não tem bom senso, nos estimula a carregar os que nos frustram tantas vezes quanto forem necessárias."

pág. 168

O mesmo bla bla bla de sempre.

É engraçado como a vida passa, a gente cresce, fica sem graça. Lembrar de braços um dia confortantes que hoje já não são mais;
Rever as prioridades e descobrir que por mais que a gente mude.. no final sempre seremos mais ou menos os mesmos.
Ultimamente tenho lembrado de músicas que eu não ouvia há tempos.. não sei por quê. Algumas delas até fazem sentido agora.
É estranho.. ver que do mesmo modo que almejamos muito uma pessoa, alguém nos almeja, tanto quanto queremos a outra pessoa, porém a gente não consegue, simplesmente não consegue tentar porque no fundo da alma sente que isso tudo não dará certo. Então a gente acaba decepcionando a quem nos ama e a nós mesmos.
Às vezes nem eu me reconheço de tão mergulhada em confusões que fico, minhas próprias confusões, meus medos, meus receios, meus bloqueios. Tão deprimente sofrer assim por dentro e não dizer nada, simplesmente nada, porque palavras são poderosas. Por isso sempre tento dizer as coisas com cautela para não magoar ainda mais quem tem importância.
Uma vida tão complexa, porém tão primitiva para tornar alguém digno de ser holístico.

Amigões, hein?

Bando de hipócritas! Argh, eu só atraio zica. ¬¬ Parece que eu sou a verdade em meio a tantas mentiras. Vocês não se cansam, não? Não quero persuadir ninguém, só não quero falsidade perto de mim. Vamos. Tirem as máscaras. Ou já estão a tanto tempo com elas que já nem sabem mais quem vocês realmente são?

Cansei de perdoar todo mundo sempre sem querer nada em troca. Já os outros.. esperam eu cometer um deslize pra fazerem intriguinhas e se acharem os fodões no direito de me julgar.

Meus caros amigos hipócritas, vocês me consideravam fria? agora verão realmente o que é frieza.

Não desejo mal a ninguém, só não vou estender a mão quando vocês quiserem ajuda para se levantar.

She is lost inside.


Às vezes eu canso.
Canso de só descobrir depois que fui usada como "ponte" para umas pessoas poderem conhecer outras;
canso.. canso de ouvir me dizerem que ela é burra, que ela é lerda, porém quando a vêem a rodeam com falsidade;
canso de não falar tudo que queria, de esconder o meu ciúme, canso de ser indiferente;
canso por não ser "normal" pra demonstrar alguns sentimentos;
canso de ter um cérebro com tamanho potencial, porém não usá-lo como deveria;
canso de saber que o vestibular está chegando e eu nem sei que faculdade quero;
Muitas vezes estou cansada de ser como sou, porque eu sempre finjo que está tudo bem mesmo quando não tem nada de bom na situação. E isso é muito deprimente.

As estrelas mais fortes, queimam mais rápido.

É uma merda isso. Todas as pessoas mais fodas moram longe. As que moram perto são tão falsas e inúteis que não prestam pra nada a não ser decepções. Penso às vezes se as pessoas de que gosto, que moram longe, se essas tivessem a oportunidade de morar por perto. Como seria? Será que elas se tornariam tão hipócritas como as que já moram perto?

Uma vez vi essa frase "Aquilo que está mais próximo de você, é exatamente o que você menos conhece." Pois é, faz muito sentido pra mim...



So why m I still here? '-'

Minha crônica.

Hoje vou postar a cronica que eu fiz [que eu nem sei se é cronica :B] e consegui ganhar o concurso do meu curso. hahaha :D Nem ficou tão boa, mas tudo bem. Ai vai :D


A sorte de um azarado

Avistei um espectro de longe que me lembrava “A morte” dos gibis de Mauricio de Souza. Comecei a correr o mais rápido que pude. Eu estava em um corredor verde cheio de portas brancas com formatos estranhos. Todas inúteis, pois nenhuma estava aberta.

Olhei para trás e o ser estava perto, muito perto, foi quando senti algo estranho no meu pé.

Desesperado, acordei ofegante e assustado. Comecei a conferir se meus membros estavam todos no lugar. Quando olhei minha perna, Cockie, meu cachorro estava babando no meu pé. Suspirei, tinha sido apenas um pesadelo.

Olhei para o relógio, os malditos ponteiros marcavam 07:45AM, eu estava atrasado. Dei um pulo da cama e, na pressa, pisei no brinquedo do Cockie que fez um pequeno corte no meu pé.

Xinguei mentalmente e veio a tona o pensamento de que hoje vai ser m dia daqueles, continuei a me trocar apressado e corri pro carro a fim de dirigir o mais rápido possível.

Cheguei na empresa 08:15AM, chamei o elevador e enquanto esperava, eu estava rezando, fazendo todo tipo de “reza braba” para que meu chefe não tivesse chegado ainda para não perceber meu atraso.

Quando a porta do elevador se abriu, entrei apressado e sem nem olhar e logo apertei o número 8, do meu andar. Só depois disso percebi que havia mais alguém no elevador... era Andrew, um alemão dos olhos bem azuis, alto e estava com seu terno cinza de sempre, ele é meu chefe.

Suei frio, lhe disse bom dia e quando o elevador se abriu andei tão depressa que logo estava na minha mesa. Sentei na cadeira, liguei o computador e fiquei alguns instantes observando o cadeado branco e preto do armário. Meu chefe me olhava com uma cara estranha, decidi começar a fazer o meu trabalho.

Na hora do almoço fiquei por aqui mesmo, adiantando o serviço já que eu havia esquecido minha marmita encima do balcão da cozinha.

15:30 – Eu não acredito que estou com tanto tédio ao ponto de contar quantos tacos de madeira compõem o piso. Contei até o 72, depois cansei e parei de contar. Olhei para a tela preta de descanso do computador, hesitei, porém abri uma página de internet e resolvi jogar algo online.

Todo empolgado, jogando Mario World, diria que eu parecia uma criança de 10 anos. Estava todo concentrado, ainda tinha 3 vidas quando ouvi alguém dizer:

- Jogo legal. Me passa o link depois?

Olhei para trás, era meu chefe me pedindo o link daquele jogo infantil. Ele saiu andando, sem esperar uma resposta, me deixando confuso sobre a intenção dele ao dizer isso. Credo, ele parece um fantasma, ainda perderei o emprego se ele continuar a aparecer do nada.

Acabei meu trabalho e lá estava eu, novamente, contando os minutos para ir embora. Fiquei alguns instantes organizando minha mesa, caneta vermelha com caneta vermelha, azul com azul e assim por diante. Desliguei o computador, eu estava levantando quando vem “seu” Andrew na minha direção.

- Arthur... – disse ele com uma longa pausa.

Pensei “é agora, vai me demitir”. Comecei a ficar meio deprimido quando ele me interrompeu, dizendo:

- Sabe, eu estava olhando o banco de dados e vi que hoje é seu aniversário, portanto, parabéns. – Estendendo a mão.

- Ah! É mesmo. Muito obrigado, “seu” Andrew. – Apertei sua mão.

Já passara das 17:00, tropecei na minha mala e fui chamar o elevador. Ao entrar, prendi meu sapato no vão entre o elevador e o chão. Como consegui essa proeza? Nem eu sei... Desprendi meu sapato e apertei o botão do andar térreo.

Fui pegar meu carro, lindo, preto, um new beatle fabuloso. Dirigi um pouco até ficar preso em um trânsito a três quadras de casa. Esperei por 30 minutos e quase não saí do lugar. Me irritei, estacionei por ali mesmo e decidi ir andando.

Bati a porta com uma certa força e fui caminhando. Eu estava tão perto, a um quarteirão de casa, começou a chover.

Era só o que faltava! Quase chorei junto a chuva de tanto azar que esse dia me trouxe.

Ao chegar vi algumas coisas da minha casa meio fora do lugar. Ótimo, um assalto! Abri a porta, já decepcionado para confirmar minha teoria. Quando acendi a luz...

Estavam todos, amigos, familiares e ela, especialmente ela, minha namorada me esperando com um grande bolo de aniversário de chocolate. Todos gritaram:

- Surpresa!

Fiquei feliz ao lembrar que por mais que o dia tivesse sido ruim, o término dele foi maravilhoso. É tão incrível o poder que as pessoas têm em mudar nosso dia com pequenas coisas. Hoje me considerava azarado, depois que vi as bexigas coloridas enfeitando minha sala e todos me recebendo, percebo que aqui está a minha sorte.

Carlos Drummond de Andrade. ♥

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai"?
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente sentimos."