sábado, 8 de setembro de 2012

Light sparkles

Hoje o conceito de random pro meu media player ta meio confuso, acho. De 5 músicas 2 são linkin park, 2 the used e uma outra qualquer. E foi numa dessas que acabei por ouvir "Empty with you". Até tinha o Artwork baixado aqui, mas nunca tive paciência pra ouvir. Por que? Sei lá, mas obrigada mp por transmitir essa faixa linda que inspirou a minha crônica de agora.

   Era fim de tarde já, o carro estava cheio rumo a praia. Depois de 4 horas chegamos no apartamento, cada um escolheu seus respectivos lugares enquanto eu deitei na rede tentando não pensar em nada, afinal se nem gosto tanto assim de praia, só vou mesmo pra "mudar" o ambiente, descontrair, pensar em qualquer coisa menos na vida que tenho levado.
    Passado um tempo chamaram pra fazer um luau e lá vamos todos badernar na praia. Depois de muita música, cantoria aos berros, bebidas, risos e conversas o pessoal começou a cansar e querer voltar.
Era tarde já, não aguentava mais me mexer de um lado pro outro sem conseguir dormir. Que porra de mente é essa que não se desliga nem no extremo cansaço? O calor também não estava ajudando muito, fui até a praia e fiquei olhando pro mar... ouvindo o barulho das ondas, me concentrando só nesse momento de paz.
Não peguei nada, nem celular, nem dinheiro, muito menos chinelo. Me desconectar totalmente de tudo pra sentir a brisa do mar, os pés descalços na areia, quando me deparo com ele... parado perto do mar.
- Você por aqui? - abri um sorriso
- Pois é, insonia e a noite ta bonita demais pra desperdiçar.
    Sentei na areia, ele deitou no meu colo; a gente já tinha uma certa intimidade, diria até que se tratava de uma mútua cumplicidade. Ficamos os dois lá simplesmente curtindo a noite e a companhia um do outro sem precisar dizer qualquer coisa a mais. Não havia necessidade de falar algo, os gestos berravam mais que qualquer palavra.
    Fiquei brincando com o cabelo dele, cochilou enquanto eu viajava em nostalgia. Depois de um tempo dei um beijo na testa dele, o céu começou a ficar cada vez mais claro, tive que acordá-lo pra ver isso. Sentou do meu lado, encostei a cabeça no seu ombro e assistimos o nascer do sol quando ele inclinou o rosto pra mais perto e disse:
- Eu sempre quis fazer isso...




You could be empty

And I can be right here empty with you...




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Reme, love, reme..

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar."






Caio Fernando de Abreu

domingo, 2 de setembro de 2012

Es, ich, über-ich.


Filme inspirador. Daqueles que contam o que todos sabem ou já deveriam saber: todo mundo tem seu próprio carcereiro.

As limitações que penso que tenho, todas bobagens já que esse limite tênue do que posso ou não fazer provém de ninguém mais além de mim.
Deixar de falar algo, de fazer algo, de ir a algum lugar porque.. não tem "porquê", se eu quero então devo fazer, parar de me privar porque "seria estranho", "fica um ar estranho", "tal pessoa vai estar lá". E DAÍ?
Não tenho que agradar ninguém, só a mim. Divertir a mim, pensar em mim, satisfazer a mim... ser mais pra mim do que pelos outros. Os outros são consequência.
Pode soar bastante egoísta, prefiro pensar mais como uma forma de libertação. Cansei de perder situações, oportunidades ou o que quer que seja por estar pensando demais.

Você me controla ou eu controlo você? Pois é..