segunda-feira, 22 de março de 2010

Minha crônica.

Hoje vou postar a cronica que eu fiz [que eu nem sei se é cronica :B] e consegui ganhar o concurso do meu curso. hahaha :D Nem ficou tão boa, mas tudo bem. Ai vai :D


A sorte de um azarado

Avistei um espectro de longe que me lembrava “A morte” dos gibis de Mauricio de Souza. Comecei a correr o mais rápido que pude. Eu estava em um corredor verde cheio de portas brancas com formatos estranhos. Todas inúteis, pois nenhuma estava aberta.

Olhei para trás e o ser estava perto, muito perto, foi quando senti algo estranho no meu pé.

Desesperado, acordei ofegante e assustado. Comecei a conferir se meus membros estavam todos no lugar. Quando olhei minha perna, Cockie, meu cachorro estava babando no meu pé. Suspirei, tinha sido apenas um pesadelo.

Olhei para o relógio, os malditos ponteiros marcavam 07:45AM, eu estava atrasado. Dei um pulo da cama e, na pressa, pisei no brinquedo do Cockie que fez um pequeno corte no meu pé.

Xinguei mentalmente e veio a tona o pensamento de que hoje vai ser m dia daqueles, continuei a me trocar apressado e corri pro carro a fim de dirigir o mais rápido possível.

Cheguei na empresa 08:15AM, chamei o elevador e enquanto esperava, eu estava rezando, fazendo todo tipo de “reza braba” para que meu chefe não tivesse chegado ainda para não perceber meu atraso.

Quando a porta do elevador se abriu, entrei apressado e sem nem olhar e logo apertei o número 8, do meu andar. Só depois disso percebi que havia mais alguém no elevador... era Andrew, um alemão dos olhos bem azuis, alto e estava com seu terno cinza de sempre, ele é meu chefe.

Suei frio, lhe disse bom dia e quando o elevador se abriu andei tão depressa que logo estava na minha mesa. Sentei na cadeira, liguei o computador e fiquei alguns instantes observando o cadeado branco e preto do armário. Meu chefe me olhava com uma cara estranha, decidi começar a fazer o meu trabalho.

Na hora do almoço fiquei por aqui mesmo, adiantando o serviço já que eu havia esquecido minha marmita encima do balcão da cozinha.

15:30 – Eu não acredito que estou com tanto tédio ao ponto de contar quantos tacos de madeira compõem o piso. Contei até o 72, depois cansei e parei de contar. Olhei para a tela preta de descanso do computador, hesitei, porém abri uma página de internet e resolvi jogar algo online.

Todo empolgado, jogando Mario World, diria que eu parecia uma criança de 10 anos. Estava todo concentrado, ainda tinha 3 vidas quando ouvi alguém dizer:

- Jogo legal. Me passa o link depois?

Olhei para trás, era meu chefe me pedindo o link daquele jogo infantil. Ele saiu andando, sem esperar uma resposta, me deixando confuso sobre a intenção dele ao dizer isso. Credo, ele parece um fantasma, ainda perderei o emprego se ele continuar a aparecer do nada.

Acabei meu trabalho e lá estava eu, novamente, contando os minutos para ir embora. Fiquei alguns instantes organizando minha mesa, caneta vermelha com caneta vermelha, azul com azul e assim por diante. Desliguei o computador, eu estava levantando quando vem “seu” Andrew na minha direção.

- Arthur... – disse ele com uma longa pausa.

Pensei “é agora, vai me demitir”. Comecei a ficar meio deprimido quando ele me interrompeu, dizendo:

- Sabe, eu estava olhando o banco de dados e vi que hoje é seu aniversário, portanto, parabéns. – Estendendo a mão.

- Ah! É mesmo. Muito obrigado, “seu” Andrew. – Apertei sua mão.

Já passara das 17:00, tropecei na minha mala e fui chamar o elevador. Ao entrar, prendi meu sapato no vão entre o elevador e o chão. Como consegui essa proeza? Nem eu sei... Desprendi meu sapato e apertei o botão do andar térreo.

Fui pegar meu carro, lindo, preto, um new beatle fabuloso. Dirigi um pouco até ficar preso em um trânsito a três quadras de casa. Esperei por 30 minutos e quase não saí do lugar. Me irritei, estacionei por ali mesmo e decidi ir andando.

Bati a porta com uma certa força e fui caminhando. Eu estava tão perto, a um quarteirão de casa, começou a chover.

Era só o que faltava! Quase chorei junto a chuva de tanto azar que esse dia me trouxe.

Ao chegar vi algumas coisas da minha casa meio fora do lugar. Ótimo, um assalto! Abri a porta, já decepcionado para confirmar minha teoria. Quando acendi a luz...

Estavam todos, amigos, familiares e ela, especialmente ela, minha namorada me esperando com um grande bolo de aniversário de chocolate. Todos gritaram:

- Surpresa!

Fiquei feliz ao lembrar que por mais que o dia tivesse sido ruim, o término dele foi maravilhoso. É tão incrível o poder que as pessoas têm em mudar nosso dia com pequenas coisas. Hoje me considerava azarado, depois que vi as bexigas coloridas enfeitando minha sala e todos me recebendo, percebo que aqui está a minha sorte.

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