segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E foi aonde eu me descobri.







                              















Menos pensamento, mais atividade. 2012.

   

     Menos pensamento, mais atividade. Arrependimento jamais, sei que esse foi um dos melhores anos que pude ter. Finalmente eu consegui seguir aquela mesma promessa que me faço a cada virada de ano: viver mais a vida.
     Confesso que o começo do ano foi bem paradinho. Enquanto um rolinho insistia em me chamar pra sair eu insistia em enrolar, pra que? Resultado de sempre: ele começou a namorar e eu me fodi né. Além da garota parecer um clone de mim, só que mais feia e gorda, uns 3 anos mais nova... enfim.. se deixei passar sem aproveitar, já foi. Próximo capítulo.
    Esse despertar começou em abril na "festa" do feriado na casa de um amigo; cheguei muda, saí calada; o dono da casa (amigo do meu amigo) tinha um jeito meio intimidativo, era daquelas pessoas que não te fizeram nada e você não sabe pq, mas não gosta dela, e me disse umas poucas e boas por ser tão quieta/inexpressiva. Essas palavras que carrego comigo desde aquele dia e agradeço aquele cara por isso, foi uma das melhores, senão a melhor, coisa que alguém poderia ter me dito e não havia outro modo senão na lata.
    A partir disso que eu comecei a fazer o que eu sempre quis e insistia em me privar. Fui de pubs á motoclub com bandas punk; presenciei os melhores sorrisos; experimentei diversas comidas; me perdi dirigindo em SP; chorei de rir em teatros; viajei de avião pra sentir como é; escapei de São Paulo pra estar com o Ale; dei e tive os abraços mais sinceros; passei vexame por causa de álcool; terminei de ler livros; fui em show que nem sabia cantar as músicas; chorei no show do The Used com All that I've got; pulei na piscina mesmo estando frio e eu ter acabado de tomar banho; fui a encontro porque precisava "tentar"; conheci mais amigos da internet; alarguei as orelhas; fiz uma tattoo "de verdade" hahaha. Vi meu Timão ganhar a Liberdadores, ser Bi-campeão mundial; assisti a final da Fórmula 1 no autódromo de Interlagos, skiei em São Roque, andei de teleférico; fui a cafeteria no centro da cidade; parei de sentir o vazio.
    É coisa a beça pra quem não fazia quase nada. Não mudaria nada, nem mesmo um milésimo de tudo que passei; Ri, chorei, bebi, dancei, viajei, li, senti, conheci e descobri diversos lugares e dentre eles,  finalmente, o mais importante: meu coração. Obrigada, 2012. Foi o melhor ano da minha vida por enquanto, e espero que os próximos sejam regados dessas vontades para que eu nunca me deixe parar. 


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Just listen

    Quem nunca acordou com o pé esquerdo, de saco cheio querendo chutar o balde por simplesmente estar saturado? Precisou de algo que oferecesse algum sentimento de auto-confiança ou qualquer instrumento pra se sentir mais corajoso e enfrentar determinado fato? Quis fugir da realidade se teletransportando pro mundo da lua? Se declarar ou identificar com alguma letra? Apreciar um belo ritmo, melodia? Ou simplesmente associar a alguma pessoa e só querer buscar esse momento?
    Então você pega seu celular, ipod, diskman ou o que for, coloca os fones de ouvido (funkeiros não inclusos nessa amostra hahaha) e a mágica acontece. Quando se dá conta já está até cantando junto ou dançando e as pessoas já estão começando a olhar torto. A música faz isso: deixa as pessoas parecendo malucas! E quem não ouve não entende porque as outras se comportam assim.
     Agora eis a questão que, acredito, deve incomodar mais gente além de mim: por que sempre temos que associar pessoas com músicas?  É tipo uma "trilha sonora da vida", é isso? Essa mania involuntária de associar pessoas com músicas?
    
By myself do LP e  - wherever you will go do The Calling são do Thiago, sem choro nem vela; qualquer uma do Underoath ta com o Felipe (Pat, sim, ele me lembra o Patrick do FOB mesmo não tendo mais muito a ver); The sounds - The morning light e The ballad do Millencolin ficaram pro Thomas; Note to self, Worlds away do FFTL, 4.am. - Our Lady Peace, Miligram smile - From autumn to ashes e Existentialism on promn night, Naive - the kooks (sim, tudo isso rs) são exclusivamente do Ale; todas do Green day - Johnatan; todas do a7x - Alexandre; Smiths, Ramones e Sinceramente - Cachorro grande são do Douglas; Scars - Papa Roach é do Gugs e não há quem tire isso da minha cabeça.

É como se a música fosse deles! Não da nem pra ouvir sem se remeter a fatos passados; pra quem sabe olhar pra trás nenhuma rua é sem saída. Acho que meu problema é esse.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Smile!

   Todos os filmes que tenho visto por ora quero inserir algum sentido pra mim, quase como se tentasse assisti-los procurando me identificar com algum personagem, nem que seja em apenas algumas determinadas passagens da minha vida.

"- Michael passou a noite inteira tentando ter a sua atenção! 
- Mas eu dei atenção! Eu sorri, sorri e sorri... - respondeu a noiva."

   Ao mesmo tempo que não quero sê-la, sei que vejo algo de mim em Justine. Tão monótona, confusa... e diria que até vazia. Várias vezes me perguntava o porquê dela estar tomando determinadas atitudes, a melancolia dela chegava a ser contagiante e mesmo sabendo das consequências de suas ações, mas mesmo assim ela as tomava e sem hesitar.
.   A noiva dos sorrisos, apenas sorrisos.  









"A verdade meu amor é a triste verdade, é que não existe saudade nos braços de outro alguém. E mesmo quando eu peço piedade, a verdade opcional  descobre o seu próprio fim. E eu achando que o amor, que o amor existia, e você se calava e sorria, só ria, só." R. Sigma


It's all that I've got.

Assim que tudo começa ou apenas volta cada coisa ao seu eixo. Os minutos passam, as semanas passam, meses passam e você tenta se enganar com o pensamento de que superou. Mas será que superou mesmo?
A verdade é que não, pelo menos pra mim. Não se supera uma coisa dessas nem agora e quase nem nunca; fica a ilusão de que sim, na real tudo pode diminuir de intensidade, mas não significa exatamente que vai acabar.
Você acha que a pessoa vai estar lá até você se dar conta do quanto ela significa pra você, ledo engano pois na maioria das vezes acaba sendo tarde demais e é bem ai onde fica a deixa da culpa que aparece tomando conta de tudo quase como uma voz dizendo "eu te avisei, eu te avisei".
Pode ter avisado sim, mas qual a graça de fazer algo que não se quer apenas pra deixar o outro feliz? Acaba não sendo satisfatório pra nenhuma das partes já que eu não estaria tão envolvida quanto deveria e (in)felizmente não conseguiria esconder isso. Resumindo: os dois sofrem, e como sofrem!
O problema é justamente esse: quando a pessoa quer, eu não quero e quando eu passo a querer já é tarde demais porque o outro aprendeu a me superar.
Seria bom encontrar alguém e estar sintonizada no mesmo estado, me permitir gostar sem medo já que seria recíproco, ter o deleite de mergulhar nos olhos dele com uma pureza desigual, me livrar do medo de estar vulnerável.

E foi ali que eu me peguei pensando em você. Sim, depois de beber um pouco, já que eu não quero mais admitir pra mim mesma que preciso de você.

                                                                                                                                       29/09

Fresno


Evaporar :)


Eu já falei
Que não se deve esperar
Que a vida lhe dê
Tudo o que você precisar
Eu já tentei
Fazer você acreditar
Melhor a fazer
É tentar parar de pensar
No quanto é ruim
Não ter chance de se livrar
Lembranças de mim,
Sem ninguém pra te ajudar
E você sempre quis
Quis até demais
Ter alguém que não te quer
E tentou ser feliz
Tentou ser capaz
Me achar aonde eu estiver
E eu não estava lá
Saiba que o destino
Não é algo que você possa controlar
Entenda que eu não vou voltar atrás
Eu não vou pensar
Eu não vou mudar
Eu não vou te amar
Você já pensou
Em tentar por mais uma vez
Achar outro alguém
Que lhe queira também
Não é todo rio
Que tem um mar pra se encontrar
Dá pra evaporar
E encontrá-lo através do ar
E você sempre quis
Quis até demais
Ter alguém que não te quer
E tentou ser feliz
Tentou ser capaz
Me achar aonde eu estiver
Você já pensou
Em tentar por mais uma vez
Achar outro alguém
Que lhe queira também
Não é todo rio
Que tem um mar pra se encontrar
Dá pra evaporar
E encontrá-lo através do ar
Achar outro alguém que lhe queira também
No dia fez sentido... õ_o

Answers

Às vezes eu fico pensando em dizer ou não alguma coisa. E quando eu finalmente chego a conclusão de que devo, já que não vou ter nada a perder(?, eu digo.
Acho que a pior parte é esperar uma resposta, ou falta dela. E quando você acha que a pessoa te fez uma réplica e ela não fez, confesso que da uma decepção danada. Chega até a parecer que você nem merece uma resposta.
Mas a melhor parte é quando você já desistiu de esperar e ela aparece do nada. Chega até a fazer o coração dar umas batidas mais rápidas. É engraçado, é gostoso.
Independente se for boa ou ruim... foi uma resposta. Todos merecem uma porque é ela quem determina se você pisou em uma mina ou pode continuar seguindo. O pior de tudo é ficar no escuro, sem nenhum parâmetro, parada sem saber se vai ou fica.
Se eu tive coragem de começar a falar porquê agora some a coragem de continuar?

Happy b-day ♥

    Sempre tive vontade de me jogar de lá de cima, testar esses limites. E se morrer? Morreu ué; morreu fazendo o que queria, afinal ninguém é obrigado a saltar, vai quem quer.
Lembro até hoje quando o corvo veio sem titubear perguntar se eu queria saltar e a resposta foi exatamente essa: "Quando? Quanto? Onde?! kk" e eis que calhou de ser bem no dia do meu aniversário. Que presente!
    A adrenalina começou a falhar na semana anterior, comecei a pensar em escrever posts de despedida e tudo mais. Um dia desses até bebi na saída da faculdade e soltei um monte de pergunta na lata pra umas pessoas com o pretexto de "se morrer pelo menos falei o que tinha pra falar". Ah, foi a melhor desculpa que encontrei pra exercitar a expressão. 
    Na noite do dia 20 fui no Buddies Pub, a despedida talvez? rs Nem deu pra encher a cara porque não era aconselhável beber muito antes do salto, vai que vomitasse lá de cima.
Enfim, quando cheguei em casa nem conseguia dormir direito de tanta ansiedade e com receio de que chovesse no dia seguinte. Ainda antes de dormir pedi a Deus que me desse de presente um lindo dia no domingo, que esse fosse o sinal de que deveria ir em frente.
    E quando o despertador soou de manhã a primeira coisa que corri pra ver foi o tempo lá fora. O céu estava tão azul se destacando dos dias anteriores todos nublados, realmente meu pedido fora atendido. 
     Minha irmã e a Bruna decidiram ir junto pra ver o salto; no carro todos ansiosos só que chegando lá foi tudo tão tranquilo que até estranhei. Não ia comprar fotos, vídeos e nada disso, mas a mulher acabou fazendo tudo por um preço legal e acabei me presentando. Achei que ficaria "em pânico" lá encima no avião momentos antes de pular, mas não... me surpreendi com meu próprio controle de emoção. Não estava com um pingo de medo e assim foi desde o início.
   Cantaram parabéns pra mim no avião e de todo mundo que estava lá fui a primeira a pular. No começo é meio esquisito, um barulho estrondoso do vento nos ouvidos chega incomodar, mas depois que o paraquedas abre, eu juro, é a visão mais perfeita do universo.
     Não tem como explicar como é a vista lá de cima, é mais uma coisa com sentimento, você ali despencando tão vulnerável a contemplar a visão do céu. É maravilhosa, todos deveriam experimentar ver isso pelo menos uma vez na vida. Existem milhares de fotos, vídeos, relatos, da pra se ter uma ideia, só que sentir tudo aquilo é emocionante demais, diferente de qualquer sensação que já havia sentido.
    Quando chega no chão fica aquela vontade de saltar de novo, tudo que é bom a gente gosta de repetir a dose.

"Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar." (Leonardo da Vinci)

Faço dessas palavras as minhas.


O vídeo da aventura toda:
http://www.youtube.com/watch?v=IyKoEZjpm9U


domingo, 9 de dezembro de 2012

She looked at me, her eyes were watering. Could you just leave me one more kiss?

Hoje eu to afim de escrever.
É, escrever é bom... quando não se gosta muito de falar, ai vai uma enxurrada de palavras porque eu preciso muito esvaziar a minha geladeira. Gosto de pensar que tudo é tipo isso, um recipiente, e quando ta cheio demais é hora de revisar o que tem dentro e jogar fora o que já não presta mais. Tem muita coisa estragando aqui... ta na hora de reciclar, ou pelo menos colocar num hd externo em stand-by haha.
Não tenho cara de pau em mentir pra poder fazer algo "errado". Tudo bem que eu estava precisando mesmo de um dia sem trabalho, os finais de semana não tem dado muita conta do recado e além do mais foi por uma boa, aliás, ótima causa. Eu fiz justamente o que representa o meu mais recente rabisco.
"Mas por que uma âncora com coração?" Porque eu quero ficar onde meu coração estiver e ponto final. Não me importo que achem um significado idiota ou qualquer outra coisa, é meu e é assim que gosto de me sentir; foi o que fiz, larguei a preocupação de prazos, chefes e tudo mais e fui estar com quem eu amo.
É, quem eu amo. Fazer o quê se descobri tarde demais, só que a essa altura não adianta mais tentar mais esconder muito, minhas atitudes já tem berrado isso o suficiente,  o que minha voz não consegue soltar, ou quase.
Não entendi o porquê do gelo que senti quando vi o John na galeria. Foi estranho, mas eu amei ver o sorriso que ele deu quando me viu, parecia que nem ia caber no rosto. Bem em um dos meus melhores dias, tava tão bonita... Ainda acho que ele ta com ela porque a fidamae lembra a minha pessoa, só que pior.  Egocentrismo, oi? -q
Odeio esses dias quentes demais, detesto essa minha preocupação recente e o quanto tenho sonhado com pessoas que não queria; odeio a minha própria enrolação ou como acho lindo o Renato na foto que ta vestido de marinheiro; odeio a maneira como me  procura porque eu não consigo, ou não quero, saber o porque.
Até que eu gosto de ouvir músicas tristes na bad trip, parece que é até.. sei lá, cutucar a ferida pra ver se dói mais? Sofrer tudo de uma vez é até melhor do que aos poucos, esse último parece que nunca passa. Tudo de uma vez, não porque ou você melhora ou se afunda.
Tava precisando de um banho de chuva. Essa semana voltando pra casa caiu uns pingos, me deixei molhar, quase me esqueci de como isso é bom.
O esquisito é que eu fico pensando em como queria ter pego na sua mão quando ela tava a centímetros da minha, até se esbarravam às vezes, mas é muito difícil saber o que você ta pensando. Parece até que nunca mais será eu...
Nunca tive vontade de assistir aquele filme "Compramos um zoológico" e depois da minha mãe encher muito o saco eu assisti. Ele tem umas frases bem interessantes; o filho do cara não para de desenhar e me deixou super com vontade de comprar um caderno e voltar a desenhar.
Precisava retomar esse hábito, desenhar. Nem que seja de caneta, lápis, lapiseira, giz, qualquer merda, mas precisava desenhar ou ler ou ESTUDAR porque a faculdade ta indo nas coxas. Nunca fiquei nem de recuperação na escola e agora to com dp. Que relaxo, meu Deus! Da uma amargura saber que não me empenhei o suficiente...
Queria ir no cinema, aliás, eu só queria a companhia de alguém ou apenas deitar e olhar as estrelas. Costumava fazer isso de vez em quando, deitava no capô do carro da minha mãe e ficava no quintal brisando nas estrelas. Por que eu não faço mais isso?
To meio carente, haha que palavra nojenta, detesto, mas fazer o que. Não é como se eu não te contasse as coisas, eu conto! Ou tento porque você não presta atenção e ta ai mais uma coisa que me frustra pra caramba.
Parece até quando eu to bêbada ou só alegre e não paro de falar, um assunto puxa outro e outro e outro e quando vejo já falei tudo e ao mesmo tempo nada só que agora nem to afim de ligar as pontas do texto, que fique assim mesmo afinal é como tava na cabeça: bagunçado, e aqui vai ficar assim também.
Resumindo: loucura, saudade.

Well you'll never find it there if you're looking for it...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sentir-se amado



O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. 

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. 

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. 

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? 

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. 

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". 

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." 

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. 

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.


                                                                                                                               Martha Medeiros

domingo, 11 de novembro de 2012

"As vezes ela passava um dia sem pensar nele ou sentir sua falta. E por que não? Tinha uma vida bastante cheia e, francamente, muitas vezes ele não tinha sido uma pessoa fácil de se lidar e de se conviver. 'Um Projeto', diriam os ianques da velha guarda como seu próprio pai. E então, às vezes, num dia nublado (ou ensolarado) qualquer, tinha tanta saudade dele que se sentia vazia. . ."


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O salto

A gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato -- pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente -- você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas.
Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas -- mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.
Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?
Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte -- quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo -- o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão --, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto.

                                                                                                                                                                         Por Antonio Prata :)


sábado, 8 de setembro de 2012

Light sparkles

Hoje o conceito de random pro meu media player ta meio confuso, acho. De 5 músicas 2 são linkin park, 2 the used e uma outra qualquer. E foi numa dessas que acabei por ouvir "Empty with you". Até tinha o Artwork baixado aqui, mas nunca tive paciência pra ouvir. Por que? Sei lá, mas obrigada mp por transmitir essa faixa linda que inspirou a minha crônica de agora.

   Era fim de tarde já, o carro estava cheio rumo a praia. Depois de 4 horas chegamos no apartamento, cada um escolheu seus respectivos lugares enquanto eu deitei na rede tentando não pensar em nada, afinal se nem gosto tanto assim de praia, só vou mesmo pra "mudar" o ambiente, descontrair, pensar em qualquer coisa menos na vida que tenho levado.
    Passado um tempo chamaram pra fazer um luau e lá vamos todos badernar na praia. Depois de muita música, cantoria aos berros, bebidas, risos e conversas o pessoal começou a cansar e querer voltar.
Era tarde já, não aguentava mais me mexer de um lado pro outro sem conseguir dormir. Que porra de mente é essa que não se desliga nem no extremo cansaço? O calor também não estava ajudando muito, fui até a praia e fiquei olhando pro mar... ouvindo o barulho das ondas, me concentrando só nesse momento de paz.
Não peguei nada, nem celular, nem dinheiro, muito menos chinelo. Me desconectar totalmente de tudo pra sentir a brisa do mar, os pés descalços na areia, quando me deparo com ele... parado perto do mar.
- Você por aqui? - abri um sorriso
- Pois é, insonia e a noite ta bonita demais pra desperdiçar.
    Sentei na areia, ele deitou no meu colo; a gente já tinha uma certa intimidade, diria até que se tratava de uma mútua cumplicidade. Ficamos os dois lá simplesmente curtindo a noite e a companhia um do outro sem precisar dizer qualquer coisa a mais. Não havia necessidade de falar algo, os gestos berravam mais que qualquer palavra.
    Fiquei brincando com o cabelo dele, cochilou enquanto eu viajava em nostalgia. Depois de um tempo dei um beijo na testa dele, o céu começou a ficar cada vez mais claro, tive que acordá-lo pra ver isso. Sentou do meu lado, encostei a cabeça no seu ombro e assistimos o nascer do sol quando ele inclinou o rosto pra mais perto e disse:
- Eu sempre quis fazer isso...




You could be empty

And I can be right here empty with you...




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Reme, love, reme..

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar."






Caio Fernando de Abreu

domingo, 2 de setembro de 2012

Es, ich, über-ich.


Filme inspirador. Daqueles que contam o que todos sabem ou já deveriam saber: todo mundo tem seu próprio carcereiro.

As limitações que penso que tenho, todas bobagens já que esse limite tênue do que posso ou não fazer provém de ninguém mais além de mim.
Deixar de falar algo, de fazer algo, de ir a algum lugar porque.. não tem "porquê", se eu quero então devo fazer, parar de me privar porque "seria estranho", "fica um ar estranho", "tal pessoa vai estar lá". E DAÍ?
Não tenho que agradar ninguém, só a mim. Divertir a mim, pensar em mim, satisfazer a mim... ser mais pra mim do que pelos outros. Os outros são consequência.
Pode soar bastante egoísta, prefiro pensar mais como uma forma de libertação. Cansei de perder situações, oportunidades ou o que quer que seja por estar pensando demais.

Você me controla ou eu controlo você? Pois é..

sábado, 21 de julho de 2012

It's up to you



"- ...how do people change?
- Well, it has something to do with God. So it's not very nice. God splits the skin with a jagged thumbnail from throat to belly. Then plunges a huge, filthy hand in. He grabs hold of your bloody tubes. You slip to evade his grasp, but he squeezes hard. He insists. He pulls and pulls... till all your innards are yanked out. And the pain... I can't even talk about that. Then he stuffs them back... dirty, tangled, torn. It's up to you to do the stitching.
- Get up. Walk around.
- Just mangled guts pretending.
- Yeah. That's how people change."



Angels in America, Chapter 5

domingo, 1 de julho de 2012


Lista das primeiras coisas, por ora são essas:

  • Show Franz Ferdinand;
  • stand-up comedy;
  • viagem sozinha;
  • ficar em hotel sozinha;
  • viajar de avião;
  • comida mexicana no Zapata;
  • cupcake;
  • quentão curitibano (vinho + marshmallow) haha;
  • Sláinte Irish bar;
  • duff;
  • danoninho caseiro da Djuh;
  • cinema com banco de couro hahah;
  • museu do automóvel;
  • estar com Benji;
  • Barba negra hamburgueria;
  • Madero;
  • Babilônia;
  • Outback Steakhouse;
  • dirigir um i30, e o mais importante, SEM BATER HAHAHA
  • Dj Club;
  • ser motorista da vez e levar os encachaçados pra casa.
Muito bom saber que estou mudando, me sinto ótima, renovada talvez?! Esse ano ta sendo meu ano de sair do comodismo e fazer acontecer (pena que o bolso talvez não esteja gostando tanto assim haha). Agora eu posso dizer que entendo o que significa "seguir o coração"; viajar, conhecer, descobrir, SE descobrir, cantar, correr, dançar, beber; se deixar levar pela consequência dos fatos largando de lado um pouco o receio e a sensatez pra poder fazer tudo que tem vontade, isso é estar seguindo o coração.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Diário de bordo

Dia 4


Último dia. É, como passou rápido... acordei cedo, arrumei tudo e fiquei vendo desenho até dar 13:00. Fiquei esperando na recepção. Ocorreram alguns imprevistos então o Ale foi me buscar, me deixou na casa da Djuh e voltou a trabalhar.
A gente conversou, ela teve a ideia de fazer danoninho caseiro então lá vai as duas no mercado comprar as coisas. Ela fez um super café da tarde e logo mais o Ale chegou, ficou um pouco lá conosco e partimos os dois pro aeroporto.
Fui bebendo Duff, que é boa também.. lembra Stella Artois. Chegamos cedo no aeroporto, 19h, e o embarque começava 21:13. Despachei a mala e ficamos no "deck" do aeroporto. 
Foi uma mistura de sensações boas e ruins; boas porque ele tava ali comigo e ruins porque logo eu teria que deixá-lo. A gente ficou a maior parte do tempo abraçado lá olhando os aviões decolarem, vendo os 'backstreet boys' do aeroporto e suas coreografias de videoclipe hahaha
É meio complicado, eu vou sentir saudade. Por mais que a gente continue se falando pela internet, é outra situação estar ao lado né? Realmente ali presente.
Não deu pra segurar algumas lágrimas, molhei a blusa dele. Na verdade não sei porquê, só sei que deu vontade e quando percebi já tinha chorado. Acho que eu ando meio sentimental demais ultimamente, mas pra que esconder?
Cada beijo uma despedida. A hora voou e eu tinha que ir.
Aeroporto é cheio de frescura né? Não me deixaram levar como bagagem de mão a baqueta que ele me deu. O cara foi até cínico dizendo pra eu tentar despachar. Ah vá, primeiro que não iriam permitir; segundo que, caso despachasse, nunca que eu ia ter essa baqueta de volta né? Se de vez em quando já perdem malas gigantescas, imagine só se não perderiam uma baqueta.
Saí correndo atrás do Ale tentando ligar pra ele imaginando que já tivesse ido. Se tivesse sorte ele estaria pelo estacionamento, mas não. Foi quando levantei o rosto que o vi, ele estava lá parado no mesmo lugar em que me deixou. Entreguei a baqueta e pedi que me mandasse pelo correio.
Fui pra fila do embarque e recebi "worlds away, i'll still be singing... on and on and on and on... nem tem essa pra eu voltar ouvindo ): ". Isso me deixou muito feliz, cara.
O vôo de volta foi meio complicado. O bom é que eu consegui ficar na janela, o ruim é que as áreas instáveis eram praticamente no trajeto todo, o que fez o avião ir balançando. Enfim, deu tudo certo. O Elziro estava me esperando no aeroporto, cheguei em casa praticamente 00:00.


Agora vem a lista das primeiras coisas haha:
Viagem sozinha; estar no hotel sozinha; viagem de avião; experimentado comida mexicana; cupcake; quentão curitibano haha; bar irlandês com banda cover; duff; danoninho caseiro da Djuh; cinema com banco de couro; museu do automóvel; estarmos juntos.
1ª vez do Ale em: Barba Negra Hamburgueria; ir no shops de carro rs; ver "Branca de neve" rs; ir ao Babilônia; museu do automóvel; estarmos juntos.



Gostei de ter ido. Conheci diversos lugares legais, revi a Djuh, comi coisas muito boas, fiz um monte de "primeiras coisas" haha e atormentei demais o Ale, espero que agora ele acredite em mim. 
Estou com saudade daqueles abraços... Pelo menos eu tentei falar tudo que me viesse à mente, eu tive essa aventura toda e não vou precisar ficar no pensamento de "e se eu tivesse ido"; agora não é "e se", agora o pensamento vai ser "eu fui, estive lá" e valeu a pena pra mim.


Você não existe. <3



                                                                                                                                                18/06/2012

Diário de bordo

Dia 3


Acordei meio tarde, fui procurar lugar que colocasse crédito no celular e voltei pro hotel porque começou a chover e a loira não tinha guarda-chuva. Troquei meias palavras com um outro hóspede que era de Brasília, músico talvez. Subi pro quarto e fiquei lá vez ou outra cochilando, assistindo televisão, jogando. 
Enfim, final da tarde o Ale (que demora mais que mulher pra se arrumar haha) chegou. Foi meio engraçado até, eu pelo menos não sabia como cumprimentá-lo hahaha Pelo menos a demora resultou em alguma coisa, ele tava bonito. Tem bom gosto pra combinação de roupas (: Me levou em uma padaria auto-suficiente que vendia desde livros a vinho; depois ficamos andando sem rumo pela cidade (gasolina 1bj tchau né? rs) até que sugeri que fôssemos ao cinema. Ele não tinha visto "A branca de neve e o caçador" eu também não, então why not?
No shopping Paladium chegamos meio cedo pra sessão, ficamos andando por lá um pouco com as lojas fechadas, domingo é uma merda. Enfim, lá é outro nível visto que as poltronas eram de couro (ui rs) A gente até viu o começo do filme, depois eu vi uns pedaços intercalados aqui e ali... mas o importante é que eu gostei do filme hahaha Rendeu comentários super produtivos rs
A fome atacou e já era bem umas 00:30 eu acho, acabamos indo no Babilônia *-* comer hambúrguer, de novo. Nessa cidade só comem isso, não sei como ainda não morreram de colesterol alto! haha porém não to  reclamando não, o hamburguer de lá é gigantesco e bom... muito bom. :3
Excedi a hora com o Ale, ele teria que acordar meio cedo pra trabalhar na segunda e eu lá, o prendendo até as 2 da matina... sorry.


                                                                                                                                                    17/06/2012

Diário de bordo

Dia 2

Acordei meio cedo e fui dar um passeio pelo bairro. Estava hospedada perto da Praça da Espanha, tem umas barracas de coisas antigas pra vender, meio bizarro até, e esperei a Djuh chegar pra ir almoçarmos no Madero.
Como o Ale não respondeu a sms de manhã imaginei que estivesse dormindo e pelo visto acertei rs então ele não estava dessa vez. O hambúrguer do Madero é bom demais, e a maionese melhor ainda haha recomendo! Depois disso a Djuh queria porque queria um doce então acabamos indo na outra loja de Cupcake. Ela e a amiga foram embora estudar e enquanto voltava pro hotel pensei "por que não comprar um cupcake pro Ale?" voltei lá e comprei.
Se eu to tentando experimentar ser mais transparente eu tinha que começar de algum jeito...então quando a gente se viu, entreguei e disse que faltou ele lá. :)
Era meio fim de tarde já, fomos ao parque Barigui, andamos tuuuuuuudo. Lembra muito o Ibirapuera, muito bonito. Emendamos o museu do automóvel ai haha teve até um tiozão chegando com um carro muito massa, esperou eu tirar foto!
Jogamos no Hotzone do shopping Barigui, trapaceando no basquete pra ganhar mais tickets e sendo trollados pelo game de tiro japonês. Qual que é a desse reload toda hora? hahaha
Fomos ao Shopping Mueller comer no Zapata (restaurante mexicano *-*) tipo o Subway, onde você escolhe os ingredientes. Ale comeu burritos e eu comi taco, é bom. Sempre tive em mente que seria muito apimentado e na real nem é tanto, pena que não tem essa rede aqui em São Paulo.
Achei que fossemos voltar ao hotel, sei lá, mas em vez disso o Ale me levou num bar irlandês, Sláinte Irish Pub. Nunca tinha ido num lugar assim, com banda ao vivo e tal. Parece uma balada até, é meio cheio e lugar pra sentar é raridade.
Ficamos um tempão encostados no balcão tomando chopp. O dele era horrível, chopp diabólica, credo! hahaha Teve até um japa que se arriscou a falar comigo. tsc tsc depois o carinha do lado veio pedir ajuda pra comer o frango que ele não aguentava comer e não queria fazer papel de besta pra garota. Só risada vendo os bêbados rs
Depois de fumar, de repente o Ale avistou uma mesa vazia lááááá no fundo e ficamos sentados bebendo. Sei que começou com um braço enroscado no meu, depois mãos entrelaçadas, cabeça encostada no ombro e de repente a gente estava se beijando. Ele tem um beijo tão gostoso quanto o abraço, vez ou outra dava um gelo na barriga. Ficamos lá ao cover de Strokes, Killers, Kooks (que só me fazia pensar no trechinho 'just don't let me down' rs), Kings of leon, Arctic monkeys e mais alguns outros... 
Dia interessante esse.


                                                                                                                                                16/06/2012

Diário de bordo

Dia 1


05:00 rumo ao aeroporto. Coração na mão né? Receio meeeesmo, mas tinha que encarar, eu queria isso!
Chegando no aeroporto achei que fosse enfrentar alguma fila (eita, brasileira mesmo kk) ou algo do tipo e não aconteceu nada disso, o processo é super simples e logo eu estava na sala esperando liberarem o embarque.
Da um frio na barriga quando o avião começa a decolar, depois vem uma sensação gostosa e a vista é linda. Chegando em Curitiba, fui caçar minha mala... putz, que burrice, fiquei esperando em esteira errada! hahaha tinha que ser loira. 
Ale estava lá me esperando com uma plaquinha que eu tanto enchi o saco *-*  me deu um abraço tão gostoso. Fomos ao hotel deixar a mala, depois rodamos a cidade e paramos pra tomar café na padaria. Depois rumo a torre da Oi que tem vista 360 graus pra cidade inteira. Eu ficava olhando pra ele, besta de ver como tava bonito rs; enfim encontramos a Djuh em uma praça e o Ale me deixou com ela pra ir trabalhar. 
Após o almoço ela me levou a um estabelecimento de Cupcake. Red velvet é bom, mas essas coisas são muuuuuito doce. Ela me deixou no hotel pra ir num casamento e de noite o Ale me levou na feirinha de inverno (tipo quermesse rs) e tomamos quentão(? (já que o de lá é diferente daqui, lá é vinho+marshmallow). A gente sentou numa praça, deu vontade de abraçar,mas sei lá.. e coragem cade? haha
O Eduardo ligou e acabamos indo pra feirinha que ele e a namorada Jade estavam e depois partimos para o Barba Negra Hamburgueria tomar umas cervejas haha. Gente boa os dois. O lugar lá é meio pequeno, mas é bem legal, tem um povo meio alternativo. 
Ale me deixou no hotel, me deu outro daqueles abraços kaoskaokpsoa e foi-se o primeiro dia. Tava tão cansada e meio alegre que nem me dei ao trabalho de sentir 'medo' por dormir lá sozinha.





                                                                                                                                                 15/06/2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Diário de bordo


Medo pré-viagem rs


A viagem é depois de amanhã, sinceramente já não sei mais se quero ir. Cadê toda aquela adrenalina de ânsia por liberdade? Talvez viajar sozinha não seja esse paraíso todo que eu idealizei.
O problema é que eu penso demais. Se não pensasse tanto, só o faria e pronto! PRA QUE PENSAR TANTO NISSO?

Ainda bem que não da pra voltar atrás senão certamente eu voltaria, não iria e depois de um tempo ficaria pensando no "e se eu tivesse ido". "E se".. existe tortura pior do que esse arrependimento? Pensamento que joga na sua cara a sua falta de coragem pra viver, aproveitar, conhecer e se descobrir.

As passagens já estão compradas, o hotel reservado e eu preciso colocar na minha mente que vai dar tudo certo; eu vou chegar em CWB, o Ale vai estar me esperando no aeroporto com plaquinha e tudo -n hahah, verei a Ju, conhecerei a cidade, tiraremos muitas fotos e segunda à noite me verei de novo no aeroporto esperando o embarque do meu vôo pra poder voltar pra casa e dará tudo certo. Dará tudo certo.

É exatamente o que o texto do post anterior sugere: a falta de coragem pra encarar a liberdade. E dessa vez eu não vou recuar (até porque não dá rs) e sim mudar o pensamento de medo para ansiedade. Ansiedade por momentos maravilhosos que estão por vir.

"Para Jehz, você vai. Às vezes é assim mesmo a gente quer, mas quando vai chegando a hora vem aquela pequena vontade de não ir, de desistir por medo. Mas devemos insistir e lutar contra esse medo. E você vai." Obrigada, subs <3




http://www.youtube.com/watch?v=FBdqg2sY-ME Green day - warning <3

Freedom

(...) Os homens dizem amar a liberdade, mas, de posse dela, são tomados por um grande medo e fogem para abrigos seguros. A liberdade dá medo. Os homens são pássaros que amam o vôo, mas têm medo dos abismos. Por isso abandonam o vôo e se trancam em gaiolas.”
“Somos assim:sonhamos o vôo mas tememos a altura . Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde onde as certezas moram.
É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que eles voariam se as portas estivessem abertas. A verdade é oposto. Não há carcereiros. Os homens preferem as gaiolas aos vôos. São eles mesmos que constroem as gaiolas em que se aprisionam...”

via Os Fios Dourados Das Histórias ♥

sexta-feira, 1 de junho de 2012

01:00

Essa não saiu da mente hoje...


Os velhos olhos vermelhos voltaram
Dessa vez
Com o mundo nas costas
E a cidade nos pés

Pra que sofrer se nada é pra sempre?
Pra que correr, se nunca me vejo de frente

Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez

Os velhos olhos vermelhos enganam
Sem querer
Parecem claros, frios, distantes
Não têm nada a perder
Por que se preocupar por tão pouco?
Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?

Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez

Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez



Capital inicial - olhos vermelhos

terça-feira, 29 de maio de 2012

".. que não sabe esquecer"

Há quanto tempo eu não escrevo hein? Ou melhor, há quanto tempo eu escrevo e não publico? Hoje deu vontade de escrever o que eu venho maquinando essa semana: amigos, homens e sonhos; não que aqui um tenha haver com o outro, mas enfim já que venho experimentando ser mais transparente, por que não?
Eu sinto o maior respeito pelos meus amigos, ainda mais por um, e esse foi o que me "decepcionou". Fui lá, toda expressiva dizer que estou com saudade e o infeliz me responde um "pois é".
POIS É? Que porra de resposta é essa? "Pois é, eu não"; "pois é, sua saudade que se foda"; ou quem sabe um "pois é, eu também". Não da pra saber, se depois disso ele ainda não me procura nem pra um simples cumprimento, deduzo que eu não faço um pingo de falta pra ele.
Tópico 2 rs Homens. Pensando bem, isso que eu acabei de escrever ali encima faz sentido, a considerar que homens são simples e objetivos, meu amigo ta pouco se fodendo pra mim.
Enfim, o que eu ia dizer é que, qual o limite entre a amizade e algo mais? Porque se o "algo mais" houver de apenas um dos lados a amizade vai pros ares. Até que ponto a carência afeta o discernimento desse limite? Pior, como pedir para que não ultrapassem? Complicado...
Às vezes a gente faz umas besteiras né? Como ficar com quem não deve, depois meio que se arrepender por perceber tarde demais que esse homem é um otário. Dai surge a questão na mente "onde eu estava com a cabeça?". É, infelizmente a carne é fraca e o corpo trai a consciência.
De repente surge a necessidade de tentar algo de novo com um rolo antigo, com aquela velha desculpa de que éramos novos demais e agora a história é outra. Funciona?
Por fim vem os sonhos, que deveriam ser os primeiros, mas sempre ficam meio de lado. Um amigo comentou que as vezes para e pensa em jogar tudo pro alto, viver outra vida. Ele não está errado, a vida é uma só e passa rápido, o mínimo a fazer é vivê-la por completo. Eu penso nisso também, talvez por ora até mais do que deveria.