quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

It's all that I've got.

Assim que tudo começa ou apenas volta cada coisa ao seu eixo. Os minutos passam, as semanas passam, meses passam e você tenta se enganar com o pensamento de que superou. Mas será que superou mesmo?
A verdade é que não, pelo menos pra mim. Não se supera uma coisa dessas nem agora e quase nem nunca; fica a ilusão de que sim, na real tudo pode diminuir de intensidade, mas não significa exatamente que vai acabar.
Você acha que a pessoa vai estar lá até você se dar conta do quanto ela significa pra você, ledo engano pois na maioria das vezes acaba sendo tarde demais e é bem ai onde fica a deixa da culpa que aparece tomando conta de tudo quase como uma voz dizendo "eu te avisei, eu te avisei".
Pode ter avisado sim, mas qual a graça de fazer algo que não se quer apenas pra deixar o outro feliz? Acaba não sendo satisfatório pra nenhuma das partes já que eu não estaria tão envolvida quanto deveria e (in)felizmente não conseguiria esconder isso. Resumindo: os dois sofrem, e como sofrem!
O problema é justamente esse: quando a pessoa quer, eu não quero e quando eu passo a querer já é tarde demais porque o outro aprendeu a me superar.
Seria bom encontrar alguém e estar sintonizada no mesmo estado, me permitir gostar sem medo já que seria recíproco, ter o deleite de mergulhar nos olhos dele com uma pureza desigual, me livrar do medo de estar vulnerável.

E foi ali que eu me peguei pensando em você. Sim, depois de beber um pouco, já que eu não quero mais admitir pra mim mesma que preciso de você.

                                                                                                                                       29/09

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